UNESP lança programa contra epidemia de vape no Brasil; confira detalhes
O uso crescente e indiscriminado de cigarros eletrônicos, os populares vapes, preocupa autoridades sanitárias e desperta projetos de prevenção, especialmente entre o público jovem.
O vape, também conhecido como cigarro eletrônico, é um dispositivo que simula a experiência de fumar tabaco, e tem se popularizado muito nos últimos anos no Brasil, especialmente entre os jovens, o que é um fato triste, já que tem alta concentração de substâncias tóxicas e nicotina, apresentando vários malefícios para a saúde. Os principais riscos associados ao uso de vapes incluem: lesões pulmonares, dependência química, doenças cardíacas e vários tipos de câncer.
E estudos já têm demonstrado que a ideia de que os vapes poderiam ser “menos prejudiciais” à saúde do que o cigarro convencional é um mito. Inclusive, já noticiamos aqui sobre um estudo que identificou que os vapes têm uma carga de nicotina 6 vezes maior do que fumar 20 cigarros convencionais por dia.
E o crescente uso de vapes no Brasil têm preocupado as autoridades sanitárias, destacando a importância de projetos de conscientização e prevenção do uso no meio universitário jovem, que é o principal público. Nesse sentido, a Universidade Estadual Paulista (UNESP) desenvolveu um projeto inovador para investigar os hábitos de consumo de nicotina entre os seus alunos. Veja mais detalhes abaixo.
Ação inovadora contra o uso de vapes
Em 2023, uma pesquisa realizada pela UNESP com estudantes da instituição com idades entre 18 e 23 anos mostrou que 20% dos entrevistados haviam usado vapes nos últimos 30 dias, e 11% relataram o uso combinado de cigarros tradicionais e vapes.
Com esses dados, a UNESP lançou uma campanha de prevenção e conscientização sobre o uso de cigarros eletrônicos que associa pesquisa acadêmica, educação e mobilização dos seus estudantes.
O projeto envolve 34 estudantes bolsistas que fazem ensaios e experiências com método científico, produzem materiais informativos e campanhas educativas.
Entre as atividades desenvolvidas no projeto estão: a criação de maquetes que mostram os danos causados pelos cigarros eletrônicos nos pulmões, a produção de vídeos e folhetos sobre os riscos do tabagismo e o impacto ambiental dos resíduos de cigarro.
E os jovens precisam dessas informações de forma acessível, com visual que chame a atenção e em linguagem que lhes seja atraente.
O objetivo é que esses materiais sejam divulgados na própria UNESP e em outras instituições e comunidades da região da Grande São Paulo, criando uma rede de conscientização e prevenção e contribuindo para frear o aumento do consumo de nicotina entre os jovens.
Referência da notícia
Nicotinismo: Unesp cria modelo inovador para combater a epidemia de cigarros eletrônicos. 06 de dezembro, 2024. Irma de Godoy.