Vida em Europa? Lua de Júpiter tem clima semelhante ao da Antártica!
Cientistas seguem empenhados em desbravar Júpiter e entender se pode haver vida com recente descoberta da camada de gelo na lua Europa com clima semelhante ao da Antártida.
Uma recente descoberta de cientistas empenhados no estudo de Júpiter revelou que a caminhada rumo ao planeta tem avançado. Eles descobriram uma camada de gelo na lua Europa pode provocar indícios potenciais de conseguirmos habitar o satélite de Júpiter.
Com o estudo, cientistas revelaram que a lua Europa pode ter um clima bastante parecido com o clima da Antártida aqui na Terra. Mas como isso é possível? A NASA tem se mostrado cada vez mais empenhada em explorar a lua Europa, sendo um dos satélites mais intrigantes de Júpiter.
Segundo a Administração Nacional da Aeronáutica e Espaço que publicou um estudo na Astrobiology Magazine, Europa tem a mesma temperatura, pressão e até salinidade do oceano da Antártida. Certo, mas qual o avanço dos estudos até o momento e o que já se sabe?
Missão Clipper rumo a Júpiter
Já existe uma missão programada para enviar uma sonda massiva para as luas de Júpiter em 2024 denominada Missão Clipper. Tal missão terá apoio da Space X, e com isso, a NASA já está comprometida e tem feito alguns estudos precisos sobre a lua Europa com o intuito de conhecer o terreno, algo que importantes universidades de astronomia estão empenhadas. Com as descobertas, sabe-se até o momento que é possível esta semelhança com a Antártida.
Apesar do grande avanço com os estudos, não é tão simples assim quanto parece habitar um novo planeta. Mas por que, então, é importante entender qual o tipo de gelo que predomina nesta lua Europa?
Apesar da semelhança, sabe-se até o momento que a camada de gelo que cobre Europa não é idêntica ao gelo da Antártida. Com isso, a NASA tenta entender como essa água salinizada do satélite de Júpiter acaba se comportando até se solidificar.
Para entendermos melhor, é válido lembrar que existem dois tipos de formação de gelo. Um deles é chamado de Frazil, que congela debaixo da superfície e boia até a mesma, e o outro que congela acima da plataforma de gelo já existente, sendo o mais comum na Terra. Esta camada de gelo da lua Europa tende a ser, segundo os estudos, o tipo Frazil.
Por que entender o gelo?
A descoberta sobre o gelo da lua Europa está mais relacionada à água do que a fase sólida em si. O gelo tipo Frazil é considerado por cientistas mais versátil, isso porque concentra apenas 0,1% da salinidade do oceano. Em comparação, o gelo comum (mais presente na Terra) pode conter até 10% de sal.
Segundo a NASA, a importância de se entender a composição da camada de gelo da lua Europa em Júpiter é que será mais fácil que a lua abrigue vida fora da Terra em um futuro muito próximo.
Natalie Wolfenbarger, principal pesquisadora do Instituto de Geofísica da Universidade do Texas relata que "quando exploramos a Europa, estamos mais interessados na salinidade e composição do oceano, porque essa é uma das coisas que governarão o potencial de habitalidade, ou mesmo o tipo de vida que pode viver li".
Com tanto potencial, será que já existe vida em Júpiter?
Com tantos potenciais descobertos para se cogitar vida humana no futuro em Júpiter, será que com tais características, já exista vida extraterrestre no satélite?
Europa já era considerada bastante intrigante para os estudiosos da NASA. A lua é coberta por um oceano com mais de 150 quilômetros de profundidade e tem uma camada de gelo com uma espessura entre 15 e 25 quilômetros, ou seja, esses números mostram que a superfície deste satélite pode ter o dobro da quantidade de água de todos os oceanos do nosso planeta.
Europa é considerada uma forte candidata para abrigar vida no nosso Sistema Solar, uma vez que tem quase o mesmo tamanho da nossa Lua que orbita a Terra. Até por isso, que o principal objetivo da Missão Clipper é ver de perto qual o potencial de fato que a lua Europa tem para oferecer para a humanidade.
Para finalizar, Steve Vance, cientista pesquisador do Jet Propulsion Laboratory (JPL) da NASA, em comunicado oficial disse: "este artigo está abrindo um novo lote de possibilidades para pensar sobre os mundos oceânicos e como eles funcionam".