A estudante que descobre asteroides e cria projetos educacionais
Com apenas 16 anos, a estudante Camilla Cristina de Queiroz Mendes já tem realizado grandes contribuições para a astronomia, com descobertas e diversos projetos premiados no Brasil.
Aos 12 anos de idade, a estudante Camilla Cristina de Queiroz Mendes enfrentava um problema comum entre jovens da mesma faixa etária - a acne. Na época, Camilla realizou diversos tratamentos que não trouxeram nenhum resultado. A partir daqui, no entanto, a história muda e fica completamente diferente.
Camilla começou a estudar química e produzir seus próprios métodos de tratamento. A busca por conhecimento deu resultados, tanto em aparência quanto em conhecimento: enquanto estudava, a jovem descobriu a astroquímica, ramo da ciência que trata da evolução química do universo. Foi a porta de entrada para que ela se apaixonasse pelo universo.
Projetos educacionais e a descoberta de asteroides
Depois disso, Camilla não parou mais de evoluir. Começou a estudar astronomia, realizar observações do céu e até mesmo dar palestras em sua escola. Passou também a participar de competições, obtendo medalha de ouro por dois anos consecutivos na Olimpíada Brasileira de Astronomia e desenvolvendo projetos de impacto social.
Acontece que, conforme foi se aventurando por todo esse conhecimento, Camilla percebeu como era difícil conseguir oportunidades na região do interior onde morava. Sua vontade de mudar essa situação a levou a ser co-fundadora de duas iniciativas educacionais premiadas nas olimpíadas que participou.
Tratam-se de dois projetos. Um deles é o Tech M, medalhista na Olimpíada Brasileira de Tecnologia, criado junto a Matheus Dalmas e Henrico Hirata. O projeto tem como objetivo incentivar estudantes a participar de olimpíadas científicas através de um aplicativo.
O outro projeto é o Conscientistas, premiado no Mude o Mundo Como Uma Menina e criado junto a Amanda Soares e Kassandra Rodrigues, que promove encontros para meninas que têm interesse em ingressar na carreira científica, ampliando a voz feminina na área.
Além disso, Camilla passou a integrar o grupo InSpace, através do qual realizou palestras e participou de cursos voltados à astronomia e exploração espacial. Dentro do grupo, a jovem participou do programa Caça Asteroides, uma parceria entre a NASA e o MCTI, no qual foi capaz de detectar dois asteroides antes desconhecidos, entre Marte e Júpiter.
E este é só o começo - Nos próximos anos, Camilla pretende conquistar mais medalhas, estudar em escolas e faculdades mais sofisticadas e levar ainda mais educação para estudantes de locais com pouco ou nenhum acesso a oportunidades. E de quebra, ainda sonha em trabalhar na Agência Espacial Brasileira, auxiliando no avanço da ciência e tecnologia do Brasil.
Com pouca idade e muito interesse, Camilla já começa a integrar um time de inovadores brasileiros que devem ajudar a mudar o país. Estes jovens ajudam a nutrir a esperança de que, saindo deste período nefasto onde o culto à anti-ciência é lei, nosso país ainda tenha um futuro brilhante e promissor pela frente.