Cientistas descobrem indícios de um nono planeta no sistema solar
Cada vez mais, cientistas encontram pistas sobre um nono planeta no sistema solar. Um estudo recente indica que um planeta do tamanho da Terra ou de Marte está nas regiões mais afastadas do sistema solar, além da órbita de Netuno.
Desde que Plutão foi expulso do clube por ser muito pequeno, existem oito planetas conhecidos no sistema solar: Mercúrio, Vênus, Terra, Marte, Júpiter, Saturno, Urano e Netuno. No entanto, cada vez mais aparecem novas evidências de um nono planeta, localizado nas regiões mais inóspitas do sistema solar.
Nos estudos mais recentes, cientistas tentam entender como os planetas surgiram e por que ocupam suas órbitas atuais. E até as simulações mais complexas são incapazes de explicar o sistema solar, como se houvesse uma peça faltando no quebra-cabeças.
A explicação mais intrigante para este problema é a de que essa peça ausente é justamente o nono planeta, ainda não detectado, vagando nas partes mais inóspitas do sistema solar (onde os gigantes gasosos residem).
É muito improvável que nenhum planeta menor tenha se formado entre os gigantes gasosos. A ausência deste tipo de planeta é inconsistente com as teorias de formação do sistema solar. Então sobram duas hipóteses: Ou o planeta existiu, mas foi ejetado do sistema solar pelos gigantes gasosos; ou ele ainda está lá e simplesmente não foi detectado.
Afinal, se ele existe, onde está o nono planeta do sistema solar?
O mais interessante é que, cada vez mais, cientistas coletam novas evidências de que o planeta ainda está no sistema solar. Astrônomos estão deduzindo isso principalmente através da atração gravitacional que o nono planeta exerce em outros corpos. Ou seja, se o planeta existe, sua gravidade afetará as órbitas de outros planetas.
Foi assim que Netuno foi descoberto, quando John Couch Adams e Urbain Le Verrier notaram em suas observações que Urano parecia ser “puxado” por um planeta invisível. No caso do nono planeta, isso acontece com as órbitas de objetos pequenos localizados em regiões distantes do sistema solar.
Com base em seus cálculos, os pesquisadores descobriram que estes objetos pequenos estão sendo empurrados por um planeta com massa de aproximadamente cinco Terras, localizado em uma órbita cerca de 10 vezes maior do que a de Netuno, o que dificulta demasiadamente sua detecção.
Há cientistas céticos a respeito do nono planeta, já que até hoje nada foi detectado. Por conta disso, existem até hipóteses de que o objeto não seja um planeta, mas sim um buraco negro primordial, de baixa massa, que orbita o nosso sol.
O fato é que, com a inauguração de novos observatórios como o Vera Rubin e o Extremely Large Telescope (ELT) no Chile, além do próprio James Webb, que entrará em operação ano que vem, em breve teremos ao nosso dispor as câmeras mais avançadas já construídas por seres humanos.
É só uma questão de tempo até detectarmos o nono planeta, uma das descobertas mais excitantes dos últimos anos - Ou, quem sabe, descartarmos sua existência com uma nova explicação que faça todas as teorias e dados conversarem entre si. De qualquer maneira, 2022 tem tudo para ser um ano incrível.