Evite praias inadequadas à saúde

No verão nada melhor que pegar uma praia para se refrescar. Mas para evitar alguns problemas de saúde, é importate ficar atento se a praia que você frequenta está mesmo adequada para banho.

Praia das Pitangueiras (Guarujá - SP). Créditos: Moacyr Lopes Júnior/Folhapress.

Praias são a maior atração nesta época do ano, ainda mais com a previsão de um Janeiro seco e quente. Para aproveitar mais ainda e não colocar em risco sua saúde, é importante saber quais praias estão próprias para banho e outras atividades recreativas.

As categorias de balneabilidade de praias no Brasil foram padronizados por uma resolução do Conselho Nacional do Meio Ambiente (CONAMA) em 2001. Balneabilidade está relacionada com a qualidade da água, e se seu uso possibilita atividades recreativas, como natação, mergulho e etc, de forma segura para a saúde dos banhistas. Assim, segundo o CONAMA, a balneabilidade de uma praia pode ser considerada excelente, muito boa, satisfatória ou imprópria. As praias com as três primeiras categorias recebem um bandeira verde (ou azul), enquanto as praias classificadas como impróprias ganham uma bandeira vermelha.

Cada estado tem um órgão responsável pela realização dos testes e boletins de qualidade de água. As coletas e testes laboratoriais são realizados semanalmente, e normalmente bandeiras são fixadas ao longo da praia para que os banhistas possam ver sua classificação de forma clara. A classificação oficial e atualizada das praias de cada estado está disponível no sítio de cada órgão responsável: Fepam (RS), Fatma (SC), IAP (PR), Cetesb (SP), Inea (RJ), Iema (ES), Seia (BA), Adema (SE), IMA (AL), CPRH (PE), Sudema (PB), Idema (RN) e Semace (CE).

http://meon.com.br/noticias/regiao/feriado-do-ano-novo-chega-com-31-praias-poluidas-no-litoral-norte-2018
Praia do Arrastão (São Sebastião - SP). Créditos: Mara Cirino/Meon

A qualidade da água de uma praia é influenciada de várias formas. Praias localizadas em zonas muito habitadas tendem a apresentar menor qualidade, e políticas de coleta de lixo e tratamento do esgoto local afetam diretamente os indicadores de balneabilidade. Outro fator em destaque são chuvas, que tendem a trazer rejeitos dos rios para as praias, contribuindo para uma queda na qualidade da água.

O principal fator utilizado na classificação é a quantidade de coliformes fecais na água, bactérias presentes nas fezes de animais de sangue quente. Esses organismos não são diretamente prejudiciais para a saúde do homem, mas são indicadores de doenças como disenteria, febre tifoide e hepatite A. Outras bactérias analisadas são as do gênero enterococos e a Escherichia coli, causadoras de infecções do sistema digestório e urinário. O pH da água também influencia na classificação final da praia, já que um pH fora da faixa ideal estabelecida pelo CONAMA pode causar irritações de pele e olhos.