Maravilhas naturais: Conheça o Parque Estadual do Jalapão
Um dos locais mais belos - e inacessíveis - do Brasil, o parque possui desde dunas desérticas e cânions até oásis de água cristalina e azul, cachoeiras e fervedouros.
Cachoeiras cristalinas, piscinas naturais de cor verde-esmeralda, dunas alaranjadas com dezenas de metros de altura, chapadões e muito mais. Esse cenário extremamente exuberante é o Parque Estadual do Jalapão, localizado ao leste do Tocantins.
Também chamado de Deserto das Águas, o parque faz parte de uma região árida, cuja vegetação predominante é o cerrado e o campo limpo. No entanto, o local possui inúmeros oásis, além de uma imensa rede de rios, riachos e ribeirões - todos com uma água incrivelmente limpa e transparente.
Como é o clima no Parque Estadual do Jalapão?
Com clima predominantemente tropical, quente e semi-úmido, a região não é afetada por massas de ar marítimas. A estação chuvosa se dá de Outubro até Maio, quando os acumulados de chuva variam entre 800 e 1300 mm de chuva. Na estação seca, entre Abril e Setembro, é comum o registro de 4 a 5 meses de seca total.
Com temperaturas máximas que podem atingir 37ºC no período seco, existe uma grande variação climática dentro do parque, condicionada principalmente pelo relevo bastante diversificado. As temperaturas podem variar em até 5ºC dependendo do local!
Para viajantes, recomenda-se visitar o local durante a estação seca, entre Abril e Setembro. Com a ausência de chuvas, as estradas de terra ficam mais transitáveis, as águas não ficam turvas e o pôr-do-sol fica mais visível. O resultado, como um todo, é uma experiência mais completa.
Como são a fauna, a flora e os habitantes locais?
A Jalapa-do-brasil, uma flor também conhecida como chuveirinho, floresce de março a julho e preenche todo o parque com suas pétalas brancas. A planta é tão comum na região que deu origem ao nome do Jalapão.
Várias outras espécies brasileiras podem ser observadas na região, incluindo veados, tamanduás, antas, capivaras, lobos-guarás, raposas, tucanos e araras azuis. Há também outras espécies mais perigosas, como jacarés, onças e cobras.
A área do Parque Estadual é de 34 mil quilômetros quadrados - equivalente ao Estado do Sergipe. Há pouquíssimos habitantes na região e, para visitantes independentes, é possível passar dias no parque sem cruzar com uma única pessoa.
Ainda assim, a região possui boa estrutura para turistas, sobretudo em Mateiros e Ponte Alta do Tocantins. As comunidades locais possuem como principal fonte de renda a produção de artesanato com capim dourado e seda de buriti.
Existem vários pontos turísticos na região:
- Fervedouros: Minas de água que jorram com força suficiente para que uma pessoa não afunde.
- Cachoeiras: Há várias no parque. Apenas algumas são liberadas para banho, mas todas são belíssimas.
- Mirantes: Localizados no fim de algumas trilhas da região, propiciam as melhores visões do parque.
- Dunas: Bancos de areia alaranjados que passam a impressão de se estar em um deserto
- Cânion: O do Sussuapara é uma fenda com 12 metros de altura e uma cascata.
- Mumbuca: A comunidade quilombola foi fundada por escravos fugidos da Bahia.
Embora a acessibilidade do local não seja fácil e dependa de veículos preparados para estradas desafiadoras, isso faz com que a natureza da região permaneça quase intocada. O resultado da visita é uma experiência pura e inesquecível.