O quiabo pode ser uma alternativa contra os microplásticos

Quiabo com frango é uma boa pedida, mas essa planta entre outras com viscosidade, podem remover o microplásticos encontrado na água, um tratamento sustentável e eficaz.

Use quiabo e acabe com o microplástico. Essa é a proposta de estudiosos da Tarleton State University
Use quiabo e acabe com o microplástico. Essa é a proposta de estudiosos da Tarleton State University

O quiabo é um alimento típico da culinária de Minas Gerais e Bahia. E não é só isso, ele previne problemas cardíacos, faz muito bem para o intestino, ajuda na imunidade e é excelente para o cérebro.

O quiabo surpreendeu ainda mais essa semana: ele é um tratamento sustentável para eliminar com o microplástico da água, atuando como o grande herói a favor da saúde humana.

A maneira mais conhecida para eliminar os microplásticos é com o uso de produtos químicos sintéticos que são prejudiciais tanto para os seres humanos como para as plantas, causando a decomposição da mesma.

A gosma do quiabo limpa as águas

Usar o quiabo e outros vegetais para limpar as águas é uma descoberta incrível e foi apresentada no primeiro trimestre deste ano na prestigiada American Chemical Society, em português é a Sociedade Americana de Química.

O responsável por esse estudo incrível é a cientista Dra. Rajani Srinivasan da Universidade Estadual de Tarleton. A pesquisadora é especialista em detectar diferentes tipos de contaminantes (orgânicos, inorgânicos, microbianos, nutrientes, etc.) em água potável, superfície, solo, esgoto e águas residuais industriais.

A líder desse estudo explicou que usa esse sistema que pode remover microplásticos e outros materiais perigosos da água usando uma escolha não tóxica e natural, ou seja, sem produtos químicos.

A dra. Srinivasan em um estudo anterior descobriu que substâncias encontradas no quiabo e outras plantas têm propriedades eficazes que podem eliminar os poluentes da água, ou seja, limpar aglomerados de microorganismos. No novo estudo, chamado a cientista e colaboradores apresentaram uma maneira do composto da planta trabalhar igualmente com os microplásticos.

Os polissacarídeos, que são substâncias úteis do quiabo e outras plantas, funcionam de forma eficaz quando combinados. A solução funciona para pequenos volumes, mas também para os oceanos.

Microplástico é o vilão do século

Sem sabermos, ou seja, involuntariamente, ingerimos pequenos pedaços de plástico, aproximadamente de 5 mm ou menores, são dezenas de milhares dessas partículas todos os anos, dizem os estudiosos.

Aproximadamente 8 bilhões de toneladas de resíduos plásticos são jogados “fora” pelas residências e também por empresas. Esses plásticos são produzidos desde a década de 1950 e menos de 10% foram reciclados.

Os microplásticos são prejudiciais aos peixes, interromper suas funções reprodutivas e danificar seus órgãos hepáticos. O impacto para a saúde humana ainda está sendo investigado, mas os cientistas acreditam que podem colocar em risco a vida das pessoas de várias maneiras.

Achamos que os microplásticos por si podem não ser muito perigosos para a saúde, mas qualquer tipo de substância tóxica que se apegue a esses plásticos pode entrar em nossos corpos e causar problemas, diz a dra. Rajani Srinivasan

Para os pesquisadores os microplásticos podem ser mutagênicos ou cancerígenos, um estado que pode aumentar as chances de mutações no DNA e desenvolvimento de câncer.

Mais pesquisas serão conduzidas para simular os efeitos de outras combinações de substâncias vegetais e como elas seriam comercializadas para fornecer melhor acesso à água potável.