O sensor que pode salvar sua vida: detector de monóxido de carbono para sua casa
O uso incorreto do aquecimento a gás (ou lenha) aumenta o número de pessoas intoxicadas por monóxido de carbono (CO) no inverno. Proteja a sua família instalando um detector de CO, contamos tudo sobre esta tecnologia para o lar.
Aproximam-se os dias frios, época em que aumenta consideravelmente o número de pessoas intoxicadas por monóxido de carbono (CO) devido ao uso incorreto de aquecedores a gás ou a lenha em ambientes fechados.
No Brasil, o número de mortes por intoxicação é muito baixo, com quase 600 nortes desde 2000, segundo dados do portal Datasus, ligado ao Ministério da Saúde. Esse número é bem pequeno se comparado com a Argentina, que registra 40 mil casos de intoxicação por ano, com uma média de 250 mortes.
Mesmo sendo um número muito baixo de casos no Brasil, por conta da nossa característica climática, que não condiciona um uso difundido de aquecedores, contamos tudo o que você precisa saber sobre a tecnologia de detectores de monóxido de carbono para os ambientes de sua casa e, assim, proteger sua família.
Como funcionam os detectores de CO
Lembre-se que instalar um detector de CO em sua casa é uma ajuda complementar, não substitui o primeiro passo para proteger a sua família, que é consultar um técnico de gás licenciado para verificar todos os seus aparelhos de aquecimento, pelo menos uma vez por ano.
Existem diferentes tipos de sensores e com custos diferentes, isso varia de acordo com o alcance em metros quadrados que possuem, geralmente entre 50 e 100 m². Este dispositivo de alerta precoce contém, obviamente, um sistema de alarme (som e/ou luz) que é ativado na presença de CO, isso ocorre antes que as pessoas possam ter quaisquer sintomas.
Dependendo do número de quartos e da forma como os dispositivos de aquecimento estão distribuídos na sua casa, será determinado o número e a posição dos detectores. Eles são facilmente instalados na parede e usam baterias ou estão conectados à eletricidade.
O mais aconselhável é ter um detector fixo na cozinha, um em cada quarto, e nos espaços comuns como salas de estar e salas de jantar caso possuam caldeiras, lareira a gás ou lenha, ou qualquer tipo de fogão que não é feito de madeira equilibrada.
Tipos de sensores de CO
Existe uma grande variedade de sensores de CO, dependendo do tipo e marca, o preço também varia. Se você vai investir neste tipo de detectores, é fundamental que o aparelho atenda aos padrões e certificações de fábrica. Nessa condição, geralmente não são os mais baratos do mercado, mas são os únicos recomendados.
Alguns desses dispositivos também incluem um detector de metano (CH4), conhecidos como detectores "Duplos". Embora o metano seja o principal componente do gás natural, ele também contém geralmente uma proporção variável de nitrogênio, etano, CO2, H2O, butano, propano, etc.
Instalação do sensor CO
Leia atentamente as instruções que acompanham o seu detector para instalação, é muito simples. Por exemplo, a recomendação mais comum é que o sensor seja instalado na parede a 1,8 m horizontalmente do aparelho a gás mais próximo e entre 15 e 30 cm do ponto mais alto do teto daquele ambiente.
O detector de CO não deve ser instalado em aparelho a gás, deve manter as medidas de distância exigidas; Também não deve instalá-lo em locais onde o fluxo de ar do ambiente a ser controlado esteja obstruído por móveis ou cortinas.
Não é útil se for instalado ao ar livre ou em locais onde haja correntes de ar, ou onde a temperatura ambiente possa cair abaixo de 0°C ou acima de 40°C. Ao finalizar a instalação seguindo os passos do manual do usuário, não esqueça de realizar o teste inicial do produto, que varia dependendo do modelo.
Coisas para melhorar
Infelizmente, no Brasil não existem regulamentos ou legislação que tornem obrigatória a instalação de detectores domésticos de monóxido de carbono. Além disso, muitos dos sistemas de aquecimento comercializados no mercado nacional continuam a utilizar um sistema algo obsoleto e ultrapassado.
No Brasil, como não temos muitos casos, o uso de sensores e uma maior difusão de informação sobre esse tipo de intoxicação, seria uma ótima melhoria.
Já na Argentina, é necessário um ajuste urgente no parque de gás nacional. Por exemplo, no país vizinho continuam a ser vendidos dispositivos de câmara aberta conhecidos como “tiragem natural”. São aqueles que emitem gases de combustão nos ambientes. São muito perigosos se utilizados em espaços fechados e sem ventilação adequada. Como já vimos, os ideais para aquecimento são os aparelhos de “tiragem equilibrada”, porque a exaustão dos gases de combustão é direcionada para o exterior.