Por que os raios não caem em linha reta?
As descargas elétricas causadas pelas nuvens de tempestade, nos mostram o poder que a natureza tem. Seu brilho nos chama tanto a atenção quanto a curiosa jornada que descreve o relâmpago no céu.
As curiosas ramificações que os relâmpagos desenham em plena tempestade, nunca deixarão de nos surpreender. Não existe dois raios iguais. Isto é evidente nas fotografias que os especialistas em retratar a natureza compartilham quase diariamente nas redes sociais durante os dias de tanta instabilidade atmosférica.
O ar em condições normais, não é o condutor de eletricidade. Se assim fosse, teríamos um grave problema, porque toda a eletricidade que circula em segurança pelos cabos, chegaria até nós e podería nos levar à morte. Durante as tempestades, é gerada uma grande diferença de potencial entre as nuvens e o solo - e estamos nos referindo a milhões de volts - que a descarga elétrica consegue cruzar o ar, onde inicialmente é isolante. pois ele passa por um meio não condutor, e é por isso que você não pode viajar em linha reta.
O gerador de água e a inclinação
A melhor forma de entender é usando um gerador de água e uma inclinação. Precisamos de uma garrafa de água e temos que nos colocar na parte mais alta de um bom declive de terra. Assim, poderemos recriar o que acontece com um raio.
Ao esvaziar a garrafa de água no chão, conseguiremos comprovar como a água não cai em linha reta. Ela se desvia pelos lados, faz curvas e as vezes consegue ir em linha reta, porém por pouco tempo, logo depois vai parando em alguns sulcos. Em um ponto concreto, começara a se dividir e descerá por diferentes caminhos. Inclusive poderá juntar-se novamente. Por que? Por que a água tentará encontrar a forma mais rápida e simples de descer com a maior brevidade possível.
O ar não é perfeito
Ao pensar no ar que nos rodeia, imaginamos uma mistura de gases homogênea e bem organizada. Na realidade, isto não é assim. Há áreas com maior umidade que outras, diversas pressões e temperaturas variadas. Além disso, existem correntes.
Quando um raio emerge de uma nuvem, ele deve lutar para conseguir um espaço em um meio condutor. E para que isto aconteça, ele tentará encontrar o caminho mais fácil, mesmo que tenha que percorrer uma distância mais longa. Desta forma, o fará em áreas de ar que ofereça menor resistência e maior facilidade, motivo pelo qual se desvia tantas vezes.