Satélite de madeira será lançado até o fim do ano
1º satélite de madeira será lançado até o fim de 2021 e terá até um bastão de selfie. O equipamento, chamado de WISA Woodsat, conta com uma tecnologia capaz de aguentar as condições extremas do espaço e é fruto de uma parceria de três empresas finlandesas.
A Finlândia poderá em breve se tornar o primeiro país do mundo a lançar um satélite de madeira ao espaço. O projeto foi desenvolvido pelas empresas espaciais finlandesas Arctic Astronautics e Huld, em parceria com a empresa de indústria florestal UPM Plywood fabricante de papel, madeira e celulose.
A madeira não é a primeira matéria-prima que vem à mente quando se trata de fabricar um equipamento resistente o suficiente para superar o calor ardente do Sol e viajar a 40 mil quilômetros por hora na órbita terrestre. Porém, uma iniciativa finlandesa anunciou no dia 12 de abril que planeja lançar o primeiro satélite feito com o material até o final de 2021.
Madeira compensada no espaço
Por mais incrível que pareça, cientistas conseguiram desenvolver uma madeira compensada, especialmente revestida para as condições inóspitas do espaço. O pequeno satélite feito a partir dessa matéria-prima é chamado de WISA Woodsat e também conta com sensores e câmeras acopladas a um bastão de selfie, que irá registrar todo o seu progresso.
O objetivo do projeto será avaliar o comportamento e durabilidade do compensado de madeira ao longo de um período prolongado nas temperaturas extremas do espaço. O experimento poderá abrir portas para que futuras missões também possam usar o material em outros satélites e quem sabe até em espaçonaves.
Mäkinen também cita que a iniciativa irá popularizar a tecnologia espacial para o público e será usada para validar as operações de um outro satélite, feito para fins educacionais, chamado de Kitsat. O objeto em miniatura é usado por centenas de universidades em todo o mundo e foi desenvolvido por engenheiros do projeto CubeSat da Aalto University, na Finlândia.
A indústria espacial está constantemente em busca de inovações materiais para espaçonaves e estações espaciais. Se a missão for bem-sucedida, isso validaria a viabilidade da madeira tratada como um material alternativo barato e abundante para uso em aplicações espaciais.