Um tipo de alimento pode ser a chave para viver cem anos. Descubra aqui qual é!
Uma família de alimentos minúsculos e muito nutritivos que são bons para nossa saúde e também para o planeta pode ser a peça principal para viver cem anos. Que alimentos são esses e como eles podem nos ajudar a viver mais?
Existem alguns lugares no mundo que são conhecidos como 'zonas azuis', onde a expectativa de vida é elevada. São comunidades únicas, onde as pessoas vivem vidas longas e saudáveis até os últimos 100 anos, por exemplo: Karia (Grécia), Nicoya (Costa Rica), Loma Linda (Califórnia), Okinawa (Japão) e a ilha italiana de Sardenha.
Os habitantes dessas regiões partilham um ambiente e estilo de vida comuns, incluindo uma dieta baseada em vegetais. Foi observado que todos têm uma dieta com alta presença de leguminosas. Então, os cientistas acreditam que o consumo de leguminosas contribui para a sua longevidade, o que pode ser a chave para viver cem anos!
“Em todas as zonas azuis que visitei, os feijões e outras leguminosas eram – e ainda são – um componente importante da dieta diária”, disse Dan Buettner, jornalista da National Geographic e autor do best-seller internacional ‘Zonas Azuis: A Solução para Comer e Viver como os Povos mais Saudáveis do Planeta’.
Pontos nutricionais das leguminosas
As leguminosas são ricas em nutrientes, incluindo cobre, ferro, magnésio, potássio, ácido fólico, zinco, lisina (que é um aminoácido essencial) e muitas proteínas e fibras. “A fibra recompensa você com uma microbiota intestinal saudável, menos inflamação e melhor função imunológica", disse Buettner.
Mas existem diferenças nutricionais entre as leguminosas, o que torna mais aconselhável o consumo de várias leguminosas diferentes. Por exemplo: os feijões preto e vermelho são mais ricos em potássio, o grão-de-bico possui mais magnésio, o feijão Azuki é o que tem mais fibras, e o feijão fava contém o antioxidante luteína.
Segundo Buettner, se combinar o consumo de feijão com grãos integrais, você terá todos os aminoácidos que constituem uma proteína nutricionalmente integral – semelhante ao que é encontrado na carne.
Cada povo das tais 'zonas azuis' tem o seu alimento preferido. Na Sardenha, o grão-de-bico e o feijão fava são as leguminosas preferidas. Em Okinawa, embora a batata-roxa seja considerada historicamente o principal alimento básico para a longevidade da população, o segundo alimento mais proeminente na dieta é a soja.
Os benefícios para o corpo e saúde
De acordo com estudos, as dietas ricas em leguminosas trazem vários benefícios para nossa saúde. Por exemplo, a fibra solúvel do feijão pode reduzir o colesterol e ajudar a prevenir o diabetes tipo 2, estabilizando o açúcar no sangue. Comer feijão quatro vezes por semana pode reduzir as doenças cardíacas em 22%.
Outro estudo também descobriu que as pessoas viviam aproximadamente mais oito anos para cada ingestão de 20 gramas de leguminosas – isso equivale a cerca de 30 gramas. Um artigo de 2016 identificou que pessoas que comeram até 230 gramas de feijão por dia durante seis semanas perderam mais peso do que pessoas que não comeram feijão.
De qualquer forma, até que seja completamente demonstrado os reais efeitos que as leguminosas têm na longevidade, já sabemos o suficiente para considerar que é um alimento altamente aconselhável na nossa alimentação.