Retrospectiva 2018: os principais eventos meteorológicos
O ano de 2018 foi marcado por vários desastres naturais ao redor do mundo, muitos associados a condições meteorológicas extremas. Vamos relembrar alguns desses eventos que ocorreram no Brasil e no mundo!
Além de já ser o 4° ano mais quente dos registros, 2018 foi marcado pela a ocorrência de eventos meteorológicos que ficarão na história, em grande parte devido aos estragos e prejuízos associados.
Os países do Hemisfério Norte certamente foram os mais prejudicados no ano passado. Os Estados Unidos, teve que enfrentar os grandes furacões Michael e Florence, além dos incêndios históricos, seguidos por enxurradas de lamas e cinzas, no estado da Califórnia! Na Europa diversos países sofreram com secas severas e uma forte onda de calor durante o verão boreal. Enchentes históricas atingiram a Espanha, França e Itália, que também enfrentaram a passagem dos ciclones Callum e Leslie em outubro.
Do outro lado do mundo, o Japão teve um ano de extremos de calor e inundações, enfrentando o poderoso tufão Jebi em setembro, o mais intenso a atingir o país em 25 anos! As fortes chuvas de monções entre julho e agosto geraram grandes prejuízos materiais, econômicos e de vidas na China e Índia. E um dos países mais afetados nesse ano foi a Indonésia, que enfrentou uma série de terremotos e tsunamis, como o mais recente registrado no dia 22/12, deixando mais de 400 mortos e milhares de pessoas feridas até o momento.
Como foi 2018 no Brasil?
Felizmente o Brasil não foi atingindo por desastres naturais de grandes proporções como os mencionados acima. Porém, algumas ocorrências foram registradas, como o deslizamento de terra que matou 15 pessoas no Morro da Boa Esperança no dia 10/11 em Niterói, após fortes chuvas na região. Em dezembro o Rio de Janeiro continuou sendo afetado pelas fortes chuvas, chuvas tão fortes que assustaram moradores de Itatiaia e Mangaratiba devido aos fortes ventos e destruição associada.
Minas Gerais também tem sofrido com os grandes volumes de chuva, principalmente no mês de dezembro. Os deslizamentos de terra, enchentes e inundações já causaram a morte de 16 pessoas no estado mineiro desde o início do período chuvoso no final do ano passado.
Entretanto, as chuvas volumosas só passaram a ser observadas a partir de agosto, até então o maior problema em grande parte do território nacional era a falta de chuvas. Entre abril e julho grande parte do Brasil registrou um volume de chuvas abaixo do normal, deixando algumas regiões a beira do colapso hídrico, como diversas cidades do Nordeste, o Distrito Federal e até mesmo a região metropolitana de São Paulo. Felizmente a partir de agosto e setembro, mas principalmente nos meses de novembro e dezembro, as chuvas retornaram, aliviando a secura do sertão nordestino e fazendo com que o reservatório do Descoberto, no Distrito federal, voltasse a atingir sua capacidade máxima, marca que não alcançava desde 9 de abril de 2016.
Também não podemos esquecer dos acontecimentos que não estiveram associados a condições meteorológicas extremas, mas também geraram um grande impacto no país, como o vazamento de óleo no Rio Estrela e na Baía de Guanabara no dia 08/12, onde 60 mil litros de óleo foram jogados no meio ambiente, prejudicando gravemente o ecossistema da região.