Acumulado de chuva na semana: onde e como chove no Brasil nos próximos 5 dias
Semana com passagem de frente fria, formação de ciclone e chuvas volumosas, veja os principais destaques e alertas para todas as regiões do Brasil.
Voltou a chover nesse início de semana em partes do centro-sul do país com o avanço de uma frente fria, mesmo que afastada no oceano. Segundo o INMET, choveu 17 milímetros em Colombo, que fica a menos de 12 quilômetros de Curitiba, mas na capital choveu menos. Choveu também nessas últimas 12 horas em cidades no norte do Paraná como Maringá, no sul de São Paulo e no sul de Mato Grosso do Sul.
A expectativa é de rompimento do bloqueio atmosférico e avanço das instabilidades nos próximos dias, enfim volta a chover de maneira volumosa em estados do Sudeste e do Centro-Oeste. Enquanto isso, pancadas de chuva persistem também em partes do Nordeste e do Norte, é o que vamos acompanhar nesse artigo.
Alerta de chuvas volumosas no Sul
A semana começou com o avanço de uma massa de ar seco de origem polar pelo Sul do Brasil, algo que por enquanto tem garantido o tempo firme e muito frio pelo Rio Grande do Sul. Hoje pela manhã houve registro de temperaturas negativas em Quaraí, Santana do Livramento e Jaguarão.
Por outro lado, o tempo instável tem chamado a atenção nas demais áreas do Sul, em especial sobre Santa Catarina e o Paraná por conta de resquícios de uma frente fria afastada no oceano e pela tendência de formação de um ciclone extratropical em meados desta semana.
A previsão com a formação deste ciclone é de mais chuva e risco de tempo severo com ventos, trovoadas e descargas elétricas. Falando de volume acumulado, atenção redobrada desde a Região Metropolitana de Porto Alegre até o norte paranaense.
O estado do Paraná vinha registrando chuvas irregulares, algo que prejudicou muito a disponibilidade hídrica do solo. O número de queimadas no estado aumentou 14% comparado ao mesmo período do ano passado. A boa notícia é que tem previsão de chuvas generalizadas e volumosas pelo estado, algo que tende a ajudar na recuperação da umidade.
Em várias partes do estado são esperados cerca de 100 milímetros de precipitação dentro de 5 dias, não se descartando até mesmo o risco para eventuais transtornos. Esse volume mais elevado pode atingir também o norte catarinense, em especial Joinville e cidades mais próximas.
Chuva ganha força, mas ainda é pontual no Sudeste
Com o avanço do canal de umidade associado a uma frente fria, o tempo já mudou sobre o estado de São Paulo nesta segunda-feira (08). O dia amanheceu nublado, mas por enquanto só houve registro de chuva no sul paulista, algo que tende a mudar nos próximos dias.
Com a formação de um ciclone no oceano Atlântico em meados da semana, a expectativa é que as instabilidades ganhem força, se espalhem mais e até provoquem chuva forte e volumosa em São Paulo como mostra o mapa. São esperados mais de 80 milímetros nas áreas em rosa.
A chuva tende a se espalhar e ficar mais intensa ao longo da semana. Entre a Região Metropolitana de São Paulo e a Baixada Santista são esperados volumes acima dos 40 milímetros, algo que pode chegar até em partes do litoral norte do estado.
Apesar do cenário animador quanto às chuvas espalhadas por São Paulo, grande parte do Sudeste continuará seca e com altas temperaturas, principalmente Minas Gerais e Espírito Santo. No Rio de Janeiro há previsão para nebulosidade e chuvas, mas sem volumes elevados.
Chuva chega a Mato Grosso do Sul, mas não avança mais
Com a junção entre instabilidades se formando no litoral e no interior do continente, cria-se um cenário de umidade atravessando partes da região central do Brasil. Ao longo desta semana volta a chover em quase todo o estado de Mato Grosso do Sul.
O volume esperado é inclusive elevado sobre o estado, acumulados que podem ultrapassar a casa dos 140 milímetros em algumas cidades, algo que pode gerar transtornos e prejuízos. Por outro lado, é uma importantíssima chuva já que o estado enfrenta um longo período de estiagem e aumento das queimadas.
Apesar da boa notícia para Mato Grosso do Sul que terá uma pausa na estiagem, Mato Grosso, Goiás e Distrito Federal continuarão sob efeito da intensa massa de ar seco e quente. Não há potencial para avanço das instabilidades que poderiam gerar mudanças no tempo.
Chuva sobre o litoral do Nordeste
Já são semanas consecutivas com chuvas distribuídas sobre áreas mais próximas ao litoral do Nordeste, enquanto no interior a situação segue preocupante com tempo seco, ensolarado e muito quente.
Para esses próximos 5 dias, a previsão é de persistência dessas pancadas rápidas de chuva sobre a faixa leste e sobre a faixa norte da região. O volume tende a não ser muito expressivo na maioria das cidades, o que garantirá apenas aquela sensação de tempo abafado, o clima quente e úmido normal nessas áreas.
Existe potencial para volumes mais elevados somente no litoral entre Sergipe, Alagoas e Pernambuco, inclusive com destaque para as capitais Aracaju, Maceió e Recife com acumulados previstos entre 25 e 40 milímetros.
Pancadas rápidas persistem sobre o Norte
Instabilidades tropicais mantém a condição para chuvas rápidas e intercaladas com períodos de melhoria sobre a maior parte da região Norte do Brasil nos próximos 5 dias.
Volumes entre 30 e 55 milímetros são esperados nas áreas em rosa do mapa acima, mas de modo geral, apenas o leste do Amapá que fica sob risco de algum eventual transtorno. Nas demais áreas com chuva, vale lembrar que serão pancadas intercaladas com períodos de melhoria em que o sol aparece e a temperatura sobe.
Não tem previsão de chuva por enquanto em áreas mais ao sul do Pará, partes de Rondônia e principalmente no Tocantins que continua sob efeito da forte massa de ar seco. Assim como outros estados com longo período de estiagem, Tocantins registrou um aumento de 45% no número de queimadas registradas desde janeiro até agora comparado ao ano de 2023.