Alerta de tempo severo: dois ciclones extratropicais vão se formar nos próximos 10 dias
A tendência vai mudar! As chuvas vão aumentar na Região Sul nos próximos dias e a primeira quinzena de julho será marcada pela formação de 2 ciclones extratropicais. Confira as primeiras impressões.
Uma mudança de padrão vai se estabelecer no centro-sul do Brasil nos próximos dias, através do aumento dos eventos de precipitação que devem ser mais frequentes, principalmente sobre a Região Sul.
O primeiro evento acontece no fim desta semana, com a atuação de um sistema frontal, inicialmente estacionário, e posteriormente para a formação de um ciclone extratropical, que traz potencial para a chuvas intensas e tempestades no estado do Rio Grande do Sul.
Em meados da semana seguinte, outro ciclone se forma e a tendência aponta para um evento mais intenso e que atinge todos os estados da Região Sul, influenciando também o Mato Grosso do Sul e o estado de São Paulo.
A seguir estão os detalhes e os mapas de previsão do modelo de confiança da Meteored, o ECMWF.
Semana termina com formação de ciclone e risco de tempo severo
Na próxima quinta-feira (06), instabilidades se formam no Uruguai devido à formação de um sistema frontal, que atinge o sul do Rio Grande do Sul, somente a partir do meio da tarde. O sistema não consegue avançar pelo estado e os eventos de chuvas na região da Campanha e Sul ocorrem com até forte intensidade até o período da noite, com potencial para tempestades.
Na sexta-feira (07), ao longo da madrugada, a frente fria ganha intensidade e consegue avançar até a faixa central do território gaúcho. Há potencial de chuvas intensas e de tempestades no Oeste, Campanha, região Central e metropolitana de Porto Alegre. O sistema se mantém estacionário e deixa o dia chuvoso nessas áreas.
Processo de formação de um ciclone extratropical traz potencial para eventos intensos de chuva sobre o RS.
— Meteored | Tempo.com (@MeteoredBR) July 4, 2023
️ Frente fria associado ao ciclone avançar até SP e o MS.
Rajadas de ventos podem chegar aos 80 km/h no leste gaúcho.
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A atenção maior fica para a partir do período do meio da tarde, quando uma região de cavado, que se trata de uma extensão de uma baixa pressão entre a Argentina e o Paraguai, desenvolve-se sobre o Rio Grande do Sul. Assim, as instabilidades ganham intensidade e se espalham por toda a metade sul do estado, levando potencial para eventos de tempo severo.
Essa condição se mantém ao longo da noite e madrugada de sábado (08) quando há maior possibilidade de eventos tempestivos e queda de granizo, que estende-se até o norte do território gaúcho.
No período da manhã, o cavado já evolui área uma baixa pressão e as chuvas atingem todo o Rio Grande do Sul e passam a ocorrer no sul e oeste de Santa Catarina. No período da tarde, baixa pressão passa a atuar no oceano, caracterizando então um ciclone extratropical, com sua frente fria avançando pelo território catarinense e, posteriormente a partir do fim do dia, sobre o Paraná.
O deslocamento da frente fria e a atuação mais do ciclone próximo a costa da Região Sul, traz potencial para rajadas de ventos de até 80 km/h no leste do Rio Grande do Sul e agitação marítima na costa gaúcha e no sul de Santa Catarina.
No domingo (09), o ciclone já se encontra bastante afastado e a frente fria consegue influenciar o estado de São Paulo com pancadas isoladas no oeste, centro e sul, o que também acontece no leste do Mato Grosso do Sul.
Segundo ciclone traz risco mais chuvas intensas e tempestades
Já na segunda-feira (10), outra região de cavado se forma sobre a Região Sul e se intensifica a partir da tarde, iniciando o processo de formação de mais um ciclone extratropical. Como no anterior, há potencial de chuvas intensas e de tempestades entre o Rio Grande do Sul e o meio-oeste de Santa Catarina.
No entanto, o maior risco para eventos de tempo severo acontece a partir da madrugada da terça-feira (11), quando uma baixa pressão se forma sobre o Rio Grande do Sul e traz potencial para chuvas intensas e tempestades. No período da tarde, o ciclone se forma próximo à costa do território gaúcho e a frente fria associada avança pelos demais estados da Região Sul chegando ao Mato Grosso do Sul.
Entre a noite e a madrugada de quarta-feira (12), a frente fria chega ao oeste e sul de São Paulo, mas neste período, não há potencial para eventos intensos.