Após calor e o ciclone extratropical, vem uma massa de ar polar! Confira os detalhes e o risco de geadas

A gangorra térmica registrada no Sul do país continua em movimento com a ocorrência de tantos eventos meteorológicos seguidos. Antes da passagem de uma frente fria é comum a elevação das temperaturas devido à condição pré-frontal, em que os ventos sopram predominantemente do quadrante Norte e deixam o ar mais quente no Sul do Brasil.

Mas o contrário acontece depois que a frente fria avança, os ventos mudam de direção e muitas vezes, são empurrados por uma massa de ar polar que tem o poder de derrubar as temperaturas de forma acentuada principalmente na região Sul, e de fato é o que tem acontecido com bastante frequência nas últimas semanas, ou seja, haja saúde! Durante o mês de julho, Porto Alegre registrou extremos com temperatura máxima acima dos 29°C e temperatura mínima de apenas 3°C, não no mesmo dia.

Por mais que não tenha sido no mesmo dia, nota-se um pequeno intervalo de tempo entre um dia com possíveis geadas e um dia muito quente. A variação térmica provoca muitas preocupações durante esta época do ano com relação à saúde, principalmente em pessoas mais vulneráveis como crianças, idosos e aqueles com doenças respiratórias pré-existentes.

A gangorra térmica continua em movimento

Para os últimos dias do mês de julho novas mudanças no tempo vão alterar também as temperaturas no Sul do Brasil. A semana já começou com temperaturas amenas na metade sul gaúcha, enquanto que na metade norte do Rio Grande do Sul, em Santa Catarina e no Paraná, a semana ainda começou com temperaturas elevadas, algo que inclusive será mantido por enquanto.

O que deve chamar a atenção durante esta semana é a formação de mais um ciclone, dando origem a uma nova frente fria. Os dois sistemas podem provocar temporais com ventos de até 80km/h no litoral sul gaúcho, assim como ventos em torno de 60km/h no interior dos dois estados. Porém, falando de precipitação, a chuva será irregular e mal distribuída nos próximos dias, ficando mais concentrada no sul do Rio Grande do Sul, área que inclusive fica sob o alerta para alguns transtornos como alagamentos e erosão do solo.

Apesar da irregularidade das chuvas nesta semana, a queda na temperatura após a passagem da frente fria deve de fato acontecer, mas o frio também não será generalizado na região Sul, pelo menos não de forma intensa comparada as últimas ondas de frio que chegaram nesses meses de junho e julho.

Julho termina com previsão de geadas?

Apesar da condição de nebulosidade e chuva no Rio Grande do Sul com a atuação de uma frente fria, a terça-feira (25) deve amanhecer com temperaturas amenas, mas não com frio intenso, pois a nebulosidade ainda serve como um manto que impede a queda mais acentuada das temperaturas durante a madrugada. Na quarta-feira (26) isso não será muito diferente, pois o tempo continua instável com o processo de ciclogênese.

Na madrugada da quinta-feira (27) é que o frio avança novamente pelo Rio Grande do Sul com a chegada de uma nova massa de ar polar. Temperaturas mínimas abaixo de 8°C são esperadas em boa parte do estado, mas principalmente na metade sul gaúcha. O que vale ressaltar, entretanto, é que o potencial para ocorrência de geadas é bem pequeno comparado as últimas ondas de frio. A temperatura pode ficar abaixo dos 5°C de forma bem localizada, em Dom Pedrito.

A sexta-feira (28) também pode amanhecer bem gelada em toda a metade sul gaúcha e partes da serra, tanto do Rio Grande do Sul como de Santa Catarina, mas os episódios de geada serão muito isolados e fracos, ficando mais concentrados na campanha gaúcha do que nas áreas serranas.

No sábado (29), o frio ainda persiste e até se espalha de forma mais organizada pelo Rio Grande do Sul e pela serra catarinense, mas o frio não será muito intenso a ponto de provocar geadas fortes e abrangentes, aliás, a partir de domingo (30), as temperaturas começam a subir de forma gradual.

Na madrugada de segunda-feira (31) para fechar o mês de julho, as temperaturas abaixo de 10°C serão registradas apenas nas áreas mais altas desde a campanha até a serra catarinense. Para o começo de agosto, a tendência é de temperaturas cada vez mais elevadas de novo, ou seja, ao que tudo indica, essa gangorra térmica ainda promete ir longe.