Após onda de frio mais intensa do ano, calor de até 40°C retorna para o centro-sul do Brasil

Ao longo dos próximos dias, as temperaturas máximas no centro-sul do Brasil voltarão a atingir valores superiores a 35°C, chegando até a 40°C em alguns estados como o Mato Grosso do Sul, marcando um retorno rápido das ondas de calor.

O fim da última semana foi marcado pelo avanço de uma frente fria e, principalmente, pela incursão de uma intensa massa de ar polar que, até o momento, já proporciona os dias mais frios do ano até o momento. Essa massa de ar polar atuou também em outras regiões da América do Sul, como a Argentina, antes de avançar pela Região Sul , Sudeste e Centro-Oeste durante o fim de semana.

Houve registro de temperaturas negativas e geadas em diversos municípios, especialmente na região Sul. Enquanto no domingo (11), Monte Verde (MG) e Campos do Jordão (SP) registraram temperaturas de -2°C, na segunda-feira (12) Bom Jardim da Serra (SC) registrou -4°C. A ocorrência caracteriza a onda de frio mais intensa do ano.

O restante da semana vai continuar bastante frio, embora um pequeno aumento das temperaturas mínimas ocorra ao decorrer da semana. As chances de geadas tendem a diminuir consideravelmente nos próximos dias.

Previsão de temperaturas mínimas na sexta-feira.
Previsão de temperaturas mínimas na sexta-feira mostra que alguns municípios continuarão registrando temperaturas abaixo dos 10°C durante a madrugada até o final da semana.

Mesmo assim, na sexta-feira (16), as temperaturas mínimas ainda podem atingir valores inferiores a 10°C no Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná; e também na região do Vale do Paraíba, em São Paulo, e arredores - especialmente no sul de Minas Gerais.

Calor de até 40°C retorna para o Centro-Sul do Brasil

A nebulosidade vai gradualmente se dissipar, dando espaço para um tempo de céu aberto e sol. Com a incidência da radiação solar e retorno de um sistema de alta pressão para a região central do Brasil, a tendência é de aumento das temperaturas ao longo dos próximos dias.

Já na própria sexta-feira (16), as máximas estarão atingindo os 40°C no Mato Grosso do Sul. No oeste de São Paulo e noroeste do Paraná, as temperaturas podem chegar aos 38°C durante a tarde, o que significa que a onda de frio dará espaço rapidamente para uma nova onda de calor no Brasil.

Previsão de temperaturas máximas na sexta-feira.
Previsão de temperaturas máximas na sexta-feira mostra que muitos municípios já registrarão valores superiores a 35°C durante a tarde, chegando até a 40°C no Mato Grosso do Sul.

Previsões não indicam, hoje, a ocorrência de novas frentes frias intensas ao decorrer das próximas semanas. Isso significa que a onda de calor que vai se estabelecer nos próximos dias pode ser duradoura e ocasionar uma segunda quinzena de agosto extremamente quente.

Previsões de anomalia de temperatura do modelo europeu ECMWF sugerem temperaturas até 6°C acima da média em todo o Brasil central no período de 19 a 26 de Agosto, o que reflete uma persistência das temperaturas altíssimas mencionadas anteriormente.

Previsão de anomalias de temperaturas entre 19 a 26 de Agosto do modelo ECMWF.
Previsão de anomalias de temperaturas entre 19 e 26 de Agosto do modelo ECMWF sugere temperaturas até 6°C acima da média em todo o Brasil central.

Junto às altas temperaturas, as baixas umidades relativas também deve ser potencializadas. Vale lembrar que já existem avisos meteorológicos de grande perigo devido às baixas umidades relativas do ar, que estão atingindo valores inferiores a 12% no Brasil Central - similares às do Deserto do Saara.

Isso pode agravar severamente quadros de saúde, especialmente relacionados a doenças pulmonares e respiratórias. Por isso, recomenda-se beber bastante líquido, evitar atividades físicas ao ar livre, evitar exposição ao sol, usar hidratante para pele, umidificar o ambiente e evitar bebidas diuréticas (café e álcool).

Além disso, as altas temperaturas e o tempo extremamente seco continuarão potencializando os incêndios florestais no Brasil. Desde a primeira semana, o mês de Agosto já está batendo recordes de número de queimadas, que se mostram preocupantes especialmente no bioma do Pantanal e partes da Amazônia.