Atualização: ciclone pode provocar rajadas de até 80 km/h, agitação marítima e acumulados de mais de 100 mm
O ciclone extratropical que vai se formar entre essa sexta (07) e sábado (08) causará tempestades severas, com rajadas de até 100 km/h e mar extremamente agitado.
Um ciclone extratropical vai se formar no final desta semana e pode causar estragos no Rio Grande do Sul. As últimas atualizações das previsões indicam possibilidade de rajadas de vento de 80 km/h e acumulados totais de chuva que podem exceder os 100 mm em boa parte do território gaúcho.
O tempo severo pode causar alagamentos, queda de árvores, interrupção na rede elétrica e estragos em plantações, especialmente no território gaúcho, entre a sexta-feira (07) e o sábado (08). Além disso, o ciclone deixa o mar agitado, com ondas violentas em todo o litoral do Sul do Brasil.
Entenda a formação do ciclone extratropical na região Sul
O sistema começará a se organizar nesta sexta-feira (07), durante a tarde, quando uma região de baixa pressão (cavado) vai se formar sobre o Rio Grande do Sul. O resultado serão tempestades em toda a porção sul do Estado.
Mas não para por aí. Na manhã do sábado (08), o cavado vai se aprofundar e começar a se tornar um ciclone. O tempo severo irá abranger o Estado inteiro e também sul e oeste de Santa Catarina, com risco de rajadas fortes de vento, acumulados altos de chuva e descargas elétricas.
Na tarde do sábado, a baixa pressão se move em direção ao oceano, caracterizando então a formação de um ciclone extratropical. A atuação do ciclone na costa da Região Sul traz potencial para rajadas de ventos de 100 km/h e agitação marítima intensa na costa gaúcha e no sul de Santa Catarina. As ondas podem chegar a alturas entre 4m e 5m em alto mar.
A formação do ciclone é impulsionada pela Oscilação Antártica (abreviada como AAO). Tendências e/ou valores negativos da AAO indicam um cenário favorável à atuação de sistemas de precipitação como ciclones e frentes frias.
A primeira quinzena de Julho será dominada por essa tendência negativa, o que sugere uma maior probabilidade de tempestades e chuvas intensas na região Sul.
O que fazer durante as tempestades?
Não se abrigue debaixo de árvores e nem coberturas pequenas como quiosques; evite áreas próximas a torres de transmissão ou objetos altos; e se possível, desligue aparelhos elétricos e o quadro geral de energia.
Devido à grande agitação oceânica, recomenda-se grande cautela especialmente à embarcações em alto mar e também banhistas na praia. Em caso de dúvida ou emergência, entre em contato com a Defesa Civil (telefone 199) ou o Corpo de Bombeiros (telefone 193).