Chuvas volumosas e temporais migram para o Centro-Oeste, Sudeste e Sul

Mudança de padrão proporciona o retorno das chuvas para o Brasil Central contemplando toda a Região Centro-Oeste e boa parte do Sudeste. Há potencial de volumes elevados e para a ocorrência de temporais. Chuvas também atingem a Região Sul. Confira a previsão.

Chuvas volumosas e o risco de temporais migram mais para o centro-sul do país. Semana bastante chuvosa e com volumes que podem passar dos 200 mm.

Além do fenômeno La Niña, outros fatores vêm influenciando a distribuição das chuvas pelo país. Na escala mensal, o La Niña traz um padrão médio de maior persistência da precipitação no centro-norte do país, principalmente nas regiões Norte e Nordeste.

No entanto, condições mais aquecidas na porção centro-norte do Atlântico Sul e no em parte da costa do Sudeste, contribuem para um maior aporte de umidade para que o período de Monções da América do Sul seja mais efetiva, proporcionando um período mais chuvoso também para o centro-leste do país.

La Niña,
Temperatura da superfície do oceano do dia 11, evidencia a condição mais aquecida no Atlântico Sul bem como o padrão de La Niña no Pacífico.

Além disso, a Oscilação Antártica (AAO) vem sendo um fator muito importante em proporcionar períodos mais chuvosos na região Sudeste e na Região Sul, como o que será observado nesta semana. Mudança esta, principalmente impulsionada pela tendência negativa da AAO.

AAO, MJO, GFS, ECMWF
Comportamento e previsão das oscilações Antártica (esq.) de Madden-Julian (dir.).

Outro fator, que no momento não atrapalha a atividade convectiva nesta semana, é a Oscilação de Madden-Julian (MJO), que deve atuar na fase 7, uma fase considerada neutra.

Volumes de mais de 200 mm em 5 dias

Já no início desta semana, as chuvas se espalham por boa parte do país, com precipitação moderada e tempestades ocorrendo em todas as regiões do país.

Nesta segunda-feira (13), pela manhã chuva de fraca a moderada intensidade pela manhã no sul de Minas Gerais, no Triângulo Mineiro, no norte paulista, no estado de Goiás, no sul e leste do Mato Grosso. No Norte, as instabilidades atuam em boa parte da Região. Já no Mato Grosso do Sul e no oeste do Rio Grande do Sul, em resposta à presença de uma baixa pressão entre o norte da Argentina e Paraguai, há potencial para temporais e chuvas de moderada a forte intensidade.

Até o fim da semana o volume de precipitação pode superar os 200 mm entre os estados do Mato Grosso do Sul, de Goiás, de São Paulo e de Minas Gerais.

A partir da tarde, a atividade convectiva passa a ser bastante evidente e o alerta para temporais e chuvas de até forte intensidade se espalham pelo país. No Sudeste, alerta para o norte e leste de São Paulo, para o Rio de Janeiro, centro-sul e oeste de Minas Gerais e sul do Espírito Santo. No Centro-Oeste, alerta para todos os estados. Já no Sul, as chuvas ocorrem de forma mais isolada, mas há alerta de temporais para o norte, região central e todo o leste do Rio Grande do Sul, sul, centro, leste e norte de Santa Catarina, leste e noroeste do Paraná.

Na terça-feira (14), se inicia um padrão que será observado até pelo menos a sexta-feira (14), com chuvas pela manhã de até moderada intensidade entre o Mato Grosso do Sul, o Mato Grosso, Goiás e os estados de Minas Gerais e de São Paulo.

ECMWF
Acumulado de precipitação até o sexta-feira (17) do modelo ECMWF, mostra que os maiores volumes são esperados nas regiões Centro-Oeste e Sudeste.

Ao longo da tarde e até pelo menos o início da noite, as instabilidades se desenvolvem mais e as chuvas se espalham e passam a ocorrer com maior intensidade proporcionando alertas para tempestades e precipitação volumosa em todo o Centro-Oeste, todo o estado de São Paulo, Rio de Janeiro, centro-sul e oeste de Minas Gerais.

Na Região Sul, as chuvas continuam a ocorrer de forma mais isolada e passam a atingir outras áreas até meados da semana. Alerta para temporais na metade norte e leste do Rio Grande do Sul em todas as regiões de Santa Catarina e do Paraná. A partir de quinta-feira (16), as chuvas de moderada a forte intensidade ficam mais restritas ao norte e leste do Paraná, podendo atingir o norte catarinense.