Ciclogênese e intensa frente fria deixam alerta para onda de tempestades no Brasil a partir do domingo
Neste domingo, um ciclone e uma frente fria avançam pelo país, trazendo tempestades severas com risco de alagamentos, deslizamentos e rajadas de vento fortes. Os efeitos causados pelo sistema perduram ainda durante a segunda-feira e a terça-feira.
Ao longo deste domingo (01), uma ciclogênese ocorrerá na altura do Uruguai e do Rio Grande do Sul, formando também uma frente fria intensa que afetará o tempo no país ao longo dos primeiros dias de Dezembro.
O fenômeno traz risco de tempestades severas para o centro-sul do Brasil. Há risco de cortes na energia elétrica, queda de galhos de árvores, alagamentos, enchentes de rios e descargas elétricas (raios). Devido aos altos volumes de chuva, há também possibilidade de deslizamentos de terra em encostas nas áreas de maior risco.
Ciclone começa a afetar o tempo no Brasil neste domingo
Já no próprio domingo (01), conforme o ciclone se forma e avança no oceano Atlântico, ele impulsiona uma frente fria intensa que causará tempestades severas e generalizadas no Rio Grande do Sul, que devem atingir todos os municípios do estado com acumulados de chuva intensos.
O sistema pode causar rajadas fortes de vento capazes de causar danos em áreas urbanas e costeiras, chuvas torrenciais que podem levar a alagamentos e deslizamentos de terra, além de ondas intensas que podem chegar aos 5 m na região oceânica, gerando perigo para atividades de navegação e pesca.
Frente fria continua afetando o Brasil na segunda-feira
Depois de passar pelo Rio Grande do Sul, a frente fria avança por Santa Catarina e Paraná na segunda-feira (02) durante a manhã e a tarde, causando também tempestades severas e generalizadas nestes estados que podem ocasionar transtornos para a população.
Ao longo da noite, o sistema terá avançado mais e estará causando pancadas de chuva também em São Paulo e no Mato Grosso do Sul, com previsão de chuvas significativas em praticamente todos os municípios destes estados. As rajadas de vento serão intensas e podem chegar a até 70 km/h, especialmente nas regiões litorâneas da região Sul e de São Paulo.
Risco de tempestades severas continua na terça-feira
O sistema estará sendo alimentado por um intenso rio atmosférico que transporta umidade da região Amazônica em direção ao Sul e Sudeste do Brasil, passando pelo Centro-Oeste. Ao longo da terça-feira (03), pancadas de chuva continuarão se formando especialmente entre o Paraná, Mato Grosso do Sul e São Paulo, com risco de danos localizados em diversos municípios.
O sistema ainda traz condições para formação de pancadas de chuva intensas em outros estados do Sudeste e do Centro-Oeste. Isso inclui todo o sul de Goiás e do Mato Grosso, o Rio de Janeiro inteiro e boa parte de Minas Gerais - desde o Alto Paranaíba e Sul mineiro até a região metropolitana de Belo Horizonte, causando condições de tempo severo e chuvas intensas. O mapa abaixo ilustra as regiões mais afetadas.
A partir da quarta-feira (04), o sistema perde intensidade e as chuvas se tornam menos significativas, atingindo especialmente o Sudeste. Embora a intensidade diminua, ainda haverá riscos de pancadas de chuva localmente intensas ao longo dos dias seguintes.
Caso tempestades atinjam seu município, se atente às seguintes recomendações para evitar transtornos e problemas:
- Em caso de rajadas de vento, não se abrigue debaixo de árvores, pois há risco de queda de galhos. Além disso, não estacione veículos em locais próximos a torres de transmissão e placas altas, pois também há risco de quedas.
- Durante uma tempestade com raios, evite abrigar-se em construções pequenas como celeiros, tendas, quiosques e locais próximos à árvores, linhas de telefone e energia elétrica. Todos estes locais atraem raios e podem se tornar fatais.
- Se você estiver em casa, tente não utilizar aparelhos conectados à rede elétrica, pois eles podem conduzir a eletricidade e te ferir caso um raio atinja a região. Se possível, desligue aparelhos elétricos e o quadro geral de energia.
- Em caso de emergência, contate o Corpo de Bombeiros (telefone 193) ou a Defesa Civil (telefone 199).