Ciclone extratropical se forma no Sul do Brasil no fim da semana: primeiras impressões e riscos
Ciclone extratropical deve começar a se formar na sexta-feira, atingindo a região sul durante o fim de semana com chuvas moderadas e ventos fortes. Confira quais regiões apresentam os maiores riscos.
Nos últimos dias, após a passagem de uma frente fria, o tempo está sendo marcado pela atuação da massa de ar polar no centro-sul do Brasil. O sistema está proporcionando, além do frio intenso, condições de tempo firme e ensolarado em praticamente toda a região Sul do Brasil.
No entanto, este panorama já está próximo de mudar novamente. No final desta semana, a região Sul do Brasil será impactada pela formação de um ciclone extratropical, fenômeno meteorológico que trará chuvas intensas e ventos fortes especialmente para o Rio Grande do Sul.
Ciclone começa a se formar na sexta-feira (30) e avança durante o fim de semana
O processo de formação do fenômeno começa na sexta-feira (30), quando um cavado – uma região alongada de baixa pressão atmosférica – começa a se aprofundar, trazendo as primeiras chuvas para partes da Argentina e do Uruguai. A precipitação se estenderá até alguns municípios do Rio Grande do Sul mais próximos da fronteira com o Uruguai, incluindo o sudoeste e sudeste do estado gaúcho.
No sábado (31), o cavado se aprofunda mais e dá origem de fato ao ciclone e sua frente fria associada, com centro na altura do Uruguai. Ao longo do dia, a frente avançará e atingirá também o restante do estado gaúcho.
Nas regiões mais afetadas, as chuvas podem alcançar volumes de até 70 mm e podem vir acompanhadas de granizo. Existe risco de cortes no fornecimento de energia elétrica, danos às plantações, queda de galhos de árvores e alagamentos em áreas urbanas e rurais.
O ciclone também trará ventos moderados a fortes, especialmente ao longo da costa do Rio Grande do Sul e Santa Catarina. Ao longo do sábado, as rajadas de vento poderão atingir até 80 km/h, o que requer atenção redobrada principalmente para embarcações e atividades em alto mar. Os ventos fortes têm ainda potencial para movimentar dunas de areia, o que pode causar problemas em construções localizadas na orla marítima.
À medida que o ciclone se desloca em direção ao oceano, até o fim do domingo, a frente fria e as chuvas avançarão também para Santa Catarina e o sudoeste do Paraná. Nessas regiões, os acumulados serão mais fracos, girando em torno de 10 mm, mas ainda assim suficientes para umedecer o solo e aumentar a umidade relativa da atmosfera.
O ciclone pode também trazer uma queda nas temperaturas, especialmente durante o início da semana que vem, quando o sistema já estará se afastando para o oceano Atlântico.
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