Mais de 100 mm já atingiram a Bahia e há alerta de mais chuva volumosa!
A frente fria associada ao último ciclone extratropical segue avançando pelo centro-norte do Brasil e já vem provocando altos volumes de chuva. Já choveu mais de 100 milímetros na Bahia.
Na última semana a formação de um ciclone extratropical chamou bastante atenção uma vez que deu origem a um sistema frontal organizado, abrangente e com alto potencial para transtornos em diferentes regiões do Brasil.
A frente fria passou pelas regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste provocando temporais e agora é a vez das regiões Norte e Nordeste ficarem sob alerta máximo. Aliás, o sistema já chegou e provocou altos volumes de chuva durante esta segunda-feira (24) que ainda nem terminou.
Segundo informações das estações meteorológicas do Instituto Nacional de Meteorologia (INMET), foram acumulados mais de 100 milímetros em cidades baianas nas últimas 24 horas, é o caso de Santa Cruz Cabrália que já acumulou 124,7 milímetros de chuva e de Itagimirim com 122,1 milímetros. Em Porto Seguro já foram registrados 87 milímetros de chuva até o momento e ainda espera-se mais, não se descartando o risco para diversos transtornos.
Frente fria provoca alertas neste início de semana
O sistema frontal segue bastante organizado com uma faixa de nebulosidade desde o centro de baixa pressão atmosférica localizado no Oceano Atlântico até áreas do interior do Brasil. As nuvens carregadas já despejaram muita chuva no leste baiano nesta segunda-feira (24) e devem persistir, provocando novas pancadas de chuva nas próximas horas e nos próximos dias.
Aliás, se seguirmos a linha de instabilidade mostrada na imagem de satélite acima, descobrimos outras regiões que também foram afetadas pela chuva volumosa deste início de semana.
Falando de climatologia e anomalias, o estado da Bahia não registra uma chuva tão significativa assim há muito tempo. Segundo dados do Centro de Previsão de Tempo e Estudos Climáticos (CPTEC/INPE), a chuva tem ficado abaixo da média climatológica na maior parte do estado desde janeiro de 2022.
Em média, são esperados volumes acumulados entre 100 e 200 milímetros no litoral sul baiano, sendo que somente hoje foram registrados mais de 100mm, ou seja, a expectativa é de que seja o primeiro mês a fechar com chuva acima da média na região. Em Salvador, a climatologia de chuvas em outubro gira em torno de 100mm, volume que pode ser alcançado somente essa semana.
Mais água para cair na Bahia
Nos próximos dias, a frente fria ainda deve atuar e mesmo que de forma costeira será capaz de organizar nuvens carregadas e núcleos intensos de chuva especialmente no leste da Bahia. A combinação entre calor e umidade também ajudará a manter o alto potencial para chuva forte e volumosa na região, onde são esperados transtornos como alagamentos e deslizamentos de terra.
A chuva além de volumosa, também pode acontecer acompanha por descargas elétricas, rajadas de ventos de até 40km/h. Além disso, o mar fica um pouco mais agitado que o normal com ondas chegando a 1,5 metro de altura.
Para esta terça-feira (25) pancadas de chuva devem se espalhar pelo centro-norte do Brasil e ainda com potencial para transtornos, onde são esperados volumes entre 30 e 50 milímetros desde o leste baiano até áreas do Amazonas. Na Bahia, uma chuva volumosa deve atingir áreas mais costeiras entre Porto Seguro e Salvador, mas também pode atingir cidades no interior como é o caso da região entre Barreiras e Barra.
Na quarta-feira (26) a chuva ainda deve atuar de forma expressiva sobre a Bahia sob efeito dos resquícios da frente fria. Inclusive, a grande preocupação é a chuva volumosa e forte que deve atingir toda a região metropolitana de Salvador, com volumes que podem beirar os 100 milímetros em um intervalo de 24 horas, ou seja, a média de outubro pode ser alcançada em apenas um dia na capital baiana.
A partir da quinta-feira (27) a tendência é de diminuição da chuva com a dissipação das instabilidades, uma vez que a umidade voltará a ficar concentrada na região Sul devido a formação de uma nova frente fria e a presença do corredor de umidade associado ao Jato de Baixos Níveis com ventos quentes e úmidos alimentando o novo sistema frontal.