Mudança à vista! Chuvas intensas vão retornar às regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste
Uma mudança de padrão está prevista para acontecer a partir do fim desta semana através do avanço de uma frente fria. O frio também irá retornar com mais força no centro-sul do Brasil.
Após esta semana com veranico de maio sendo caracterizado no centro-sul do Brasil, principalmente na Região Sul, uma mudança de padrão acontece por volta da sexta-feira (26) através do avanço de uma frente fria pela Região Sul que consegue chegar até o Sudeste e influenciar o tempo também no Centro-Oeste. Posteriormente, uma região de cavado pode se formar e potencializar as chuvas entre as três regiões.
Mas o que está provocando essa mudança de padrão?
Quem acompanha a Meteored Brasil já sabe! São as oscilações Antártica (AAO) e de Madden-Julian (MJO).
A AAO já apresenta uma forte tendência negativa, mas como estava muito positiva, ainda atua nessa condição, favorecendo o tempo mais seco no centro-sul e a ocorrência do veranico. No entanto, nos próximos dias, o índice consegue atingir a neutralidade e até mesmo atuar em valores negativos, proporcionando uma condição favorável à atuação de frente fria e massa de ar frio no centro-sul do Brasil.
Já a MJO, sai da fase 6, que dificulta a convecção do sul do Brasil, ou seja, a formação de nuvens de chuva, e passa a atuar ou na fase 7 ou em neutralidade, não criando nenhum impeditivo para a formação de instabilidades.
Assim, esses dois fatores climáticos vão proporcionar essa mudança de padrão que pode se estender pela primeira semana de junho.
Detalhes da mudança de padrão
Na sexta-feira (26), uma frente fria inicia o seu avanço pelo Rio Grande do Sul, atuando já pela manhã no Oeste e região da Campanha. No entanto, em virtude da distância da previsão e por se tratar do avanço de uma frente fria, há a possibilidade do adiantamento do sistema para a madrugada. O sistema frontal avança ao longo do dia, levando potencial para a ocorrência de tempestade e chuvas intensas.
No sábado (27), a frente fria consegue avançar pela Região Sul e mudar o tempo nos estados de Santa Catarina e do Paraná. Pelo fato de o sistema perder um pouco da intensidade, o potencial para tempestades diminui. No entanto, em virtude das temperaturas mais elevadas e da formação de uma baixa pressão sobre o Paraguai, o potencial tempestivo é maior no sul e oeste do Mato Grosso do Sul e em todo o oeste do Paraná.
A incursão da massa de ar frio ainda não é tão evidente e deve acontecer somente no Sul, Campanha e Oeste do Rio Grande do Sul de forma bem sutil no período da noite.
Já no domingo (28), a baixa pressão se desloca em direção ao Mato Grosso do Sul e potencializa as chuvas sobre o estado e no noroeste do Paraná. Esse deslocamento acompanha o avanço da frente fria que passa a atuar no estado de São Paulo já pela manhã. Como o sistema está enfraquecido, as chuvas ocorrem mais no oeste paulista.
No restante da Região Sul, ainda há muita nebulosidade e possibilidade de chuva fraca e pontual na metade norte e leste do Rio Grande do Sul, no meio oeste de Santa Catarina, no oeste e sudoeste do Paraná.
A massa de ar frio já consegue penetrar mais e o ar frio já pode se espalha por toda a Região Sul, com um condição mais ventosa no Rio Grande do Sul, que aumenta a sensação de frio, mas não traz potencial para transtornos.
Agora no início da semana, nos últimos dias de maio, a frente fria atua de forma mais costeira e chega ao estado do Rio de Janeiro. No entanto, uma grande região de cavado se forma sobre o centro-sul e aumenta o potencial de precipitação entre as regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste. Chuvas de até forte intensidade podem ocorrer no norte de Santa Catarina, norte e leste do Paraná, no Mato Grosso do Sul, no leste de São Paulo, no Rio de Janeiro e no Sul de Minas Gerais. Chuvas com menor intensidade podem atingir as demais regiões paulistas.
A massa de ar frio consegue atuar de forma mais efetiva no Rio Grande do Sul, mas os ventos frios se espalham pelo Sul e chegam ao Mato Grosso do Sul e ao leste do estado de São Paulo e ao Rio de Janeiro. Esse comportamento, ajuda no transporte de umidade e, consequentemente, no aumento das chuvas no leste do Sudeste.