O tempo nesta semana no Brasil: formação de ciclone e chuvas volumosas entre o Sul, Sudeste e o Centro-Oeste
Após a frente fria no Sul, um processo de formação de um ciclone vai contribuir para chuvas também em parte das regiões Sudeste e Centro-Oeste. Há potencial de chuvas intensas sobre São Paulo, Paraná e Mato Grosso do Sul.
Após a passagem de uma frente fria pelo centro-sul do Brasil, um processo de desenvolvimento de um ciclone acontece no início desta semana, a partir da terça-feira (30). Essa condição traz o potencial de chuvas intensas sobre o centro-sul do Brasil, mas agora entre as regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste.
Geralmente, esses eventos de precipitação relacionado a processo de formação de baixas pressões ou ciclones, trazem potencial para chuvas intensas, tempestades e elevados acumulados. A previsão aponta para um evento que pode trazer acumulados de mais de100 mm e com potencial para tempestades.
A seguir estão os detalhes da previsão para cada dia, a partir da terça-feira (30) até a sexta-feira (02).
Terça-feira, 30 de maio
Ao longo da madrugada, uma região de cavado começa a se formar entre o Mato Grosso do Sul, o sul do Mato Grosso, o Paraguai e a Bolívia. Por volta do fim do período e do início da manhã, instabilidades bastante desenvolvidas já podem provocar bastante descargas elétricas, tempestades e chuvas intensas sobre o norte e noroeste do Mato Grosso do Sul, o sudoeste do Mato Grosso e principalmente sobre o norte do Paraguai.
No período da manhã, a região de cavado se intensifica e se desloca para o Brasil. Assim, há alerta para chuvas muito intensas e para o risco de tempestades sobre todo o estado do Mato Grosso do Sul, sul e sudoeste do Mato Grosso. Nas regiões Sul e Sudeste, o tempo começa a fechar no noroeste, oeste e norte do Paraná e no oeste de São Paulo e, mais para o fim do período, há potencial para eventos tempestivos.
No período da tarde, o deslocamento das instabilidades não evolui muito e as chuvas de até forte intensidade continuam a atingir praticamente todas as regiões, com redução sendo registrada no oeste do Mato Grosso do Sul. No oeste paulista, no norte e noroeste paranaenses, as chuvas ganham intensidade e aumentam o potencial para transtornos. Nas restante do Paraná, as localidades da porção central e do leste começam a registrar chuvas pontuais e de fraca intensidade. O mesmo acontece no norte de Santa Catarina.
Entre o fim da tarde e o início da noite, as chuvas diminuem de intensidade na maior parte, mas descargas elétricas e precipitação de até moderada intensidade passa a ocorrer na metade norte do Paraná, na porção central, norte e oeste de São Paulo. No Mato Grosso do Sul, chove com moderada a forte intensidade na metade oeste, norte e sul do estado, com pancadas atingindo o sul e oeste do Mato Grosso do Sul.
Quarta-feira, 31 de maio
Durante a madrugada, a região de cavado se desloca para o leste, mudando o tempo em todo o estado de São Paulo, Paraná até o norte de Santa Catarina. Assim, a partir do fim do período e do início da manhã, chuvas de fraca a moderada intensidade ocorrem em todo o território paulista e paranaense, e no norte de Santa Catarina. No Mato Grosso do Sul, chuvas mais isoladas e pontuais ocorrem no sul e no oeste do estado.
No decorrer da manhã e mais para o fim do período, há alerta de chuvas intensas na porção central, norte e leste do Paraná, no norte de Santa Catarina e no centro-leste de São Paulo, o que traz potencial para alagamentos.
No período da tarde, instabilidades começam a se formar também em áreas da porção central do Brasil e há o início de uma deslocamento no sentido horário das nuvens, o que começa a representar o início da formação da baixa pressão que dá origem ao ciclone.
Assim, pancadas de até forte intensidade, que podem ocorrer na forma de tempestades ocorrem no sudeste do Mato Grosso do Sul, no sul de Goiás e no oeste da região do Triângulo Mineiro. Além disso, as chuvas ocorrem de forma mais pontual, mas ainda com potencial mais intenso no leste do Mato Grosso do Sul, no centro-norte e leste de São Paulo, no norte e leste do Paraná.
No período da noite, uma baixa pressão se forma na costa entre Santa Catarina, o Paraná e São Paulo. Esse sistema contribui para a diminuição do potencial de chuvas no leste da Região Sul, mas aumenta as chuvas no leste e nordeste de São Paulo que passam a ocorrer também no sul do Rio de Janeiro, do sul de Minas Gerais e em todo o Triângulo Mineiro.
Quinta-feira, 01 de junho
A baixa pressão está formada e mais intensa, representando o primeiro dia do ciclone que possui características subtropicais, mas sem grande definição e não traz riscos para eventos de vento intensos.
Pela manhã, o sistema contribui para chuvas de até forte intensidade no sul de Minas Gerais, na região do Triângulo Mineiro e no nordeste de São Paulo, com chuvas de fraca intensidade atingindo a região do Vale do Paraíba e o Rio de Janeiro. Na Região Sul, não há potencial para a ocorrência de chuvas.
No período da tarde, o ciclone avança para norte e se desloca para o oceano, acompanhando o direcionamento da costa do Sudeste. Isso proporciona o deslocamento das instabilidades, que ganham intensidade e levam potencial de pancadas e tempestades pontuais na porção central e sul de Minas Gerais, no leste do Triângulo Mineiro, no nordeste de São Paulo e no sul do Espírito Santo. No Rio de Janeiro e na região do Vale do Paraíba, o tempo instável continua e as chuvas ocorrem com fraca a moderada intensidade.
No período da noite, as chuvas param em boa parte das áreas e atingem de forma isolada somente a região costeira do Rio de Janeiro, o centro e nordeste de Minas Gerais, o norte do Espírito Santo e até mesmo o sul da Bahia.
Sexta-feira, 02 de junho
O ciclone já continua no oceano e já vai perdendo intensidade. Essa condição não proporciona mais chuvas significativas no centro-sul do Brasil. Previsão de chuvas somente no litoral de São Paulo e no sul do Rio de Janeiro em virtude da circulação dos ventos de sudeste que favorecem o transporte de umidade. A precipitação ocorre no máximo na forma de chuvisco.