O tempo no Sul do Brasil: ciclone deixa alerta de ressaca e fortes rajadas de vento de até 100km/h
Formação de ciclone deixa o Sul do Brasil em alerta nos próximos dias por conta do risco de fortes rajadas de vento e ressaca com ondas de 3,5 metros. Veja os alertas.
O tempo instável se destaca no Sul do Brasil nessa reta final do mês de maio, que foi de longe o mais chuvoso de muitos e muitos anos. Em Porto Alegre, foi o maio mais chuvoso desde 1941 com mais de 510 milímetros registrados até o momento pelo INMET.
Os últimos dias foram marcados pelo retorno das precipitações em meio a pequenas tréguas com seco e muito frio em boa parte da região Sul, mas a partir de agora, o destaque é a formação de um ciclone que pode provocar tempo severo com fortes rajadas de vento e ressaca.
Bom, antes mesmo da formação do ciclone que está prevista para as próximas horas, vale ressaltar que a semana já começou com pancadas de chuva espalhadas por partes do Rio Grande do Sul, de Santa Catarina e do Paraná.
Segundo o INMET, no intervalo de 12 horas nesta segunda-feira (27), choveu cerca de 47 milímetros em Itapoá, no litoral catarinense, mais de 23 milímetros em Porto Alegre e cerca de 25 milímetros em Canguçu, no sul gaúcho, mesmo volume registrado em Morretes, no leste paranaense.
Formação do ciclone
O ciclone tende a se formar nas próximas horas na costa da região Sul do Brasil, algo esperado que se concretize até a noite de hoje, no mais tardar na próxima madrugada.
Aliás, é justamente nesse período que as fortes rajadas de vento devem chamar a atenção no continente, não se descartando o risco de tempo severo e danos em áreas mais próximas à costa.
Rajadas de até 100km/h podem atingir o sul gaúcho nas primeiras horas da madrugada de terça-feira (28) como mostra o mapa acima. Os ventos virão junto com pancadas de chuva que tendem a ser fortes, mas não volumosas, e por enquanto, restritas também ao sul do estado.
A boa notícia é que o ciclone deve se afastar rapidamente para o oceano Atlântico, então o risco para as rajadas de vento mais intensas fica restrito ao mar, com rajadas de até 135km/h como mostra o mapa abaixo, algo que deve chegar ao pico de sua intensidade na manhã de terça.
Apesar disso, toda a faixa leste da região Sul fica em estado de atenção por conta da ventania que pode derrubar árvores, postes, danificar a rede elétrica, mesmo que sejam rajadas um pouco mais fracas comparadas ao sul gaúcho. Uma ventania que pode durar durante toda a terça-feira, sendo que na quarta-feira (29) cidades do litoral ainda poderão registrar transtornos relacionados ao vento.
Marinha alerta para ressaca
Além das fortes rajadas de vento que tendem a atingir de maneira mais expressiva cidades próximas e principalmente localizadas no litoral, a Marinha do Brasil emitiu alerta para ressaca relacionada a formação deste ciclone.
Desde Chuí (RS) até Florianópolis (SC), existe o potencial para ondas de até 3,5 metros de altura a partir da tarde de hoje e durante até a noite de quarta-feira (29). Essa ressaca coloca em risco principalmente as atividades de pesca da região, travessia de balsas e atividades relacionadas.
Como fica o tempo na Região Sul
Apesar da formação do ciclone e dos riscos mencionados acima, vale ressaltar que a chuva já não deve cair sobre a maior parte da região a partir desta terça-feira. Mesmo que haja ainda muita presença de nebulosidade, a chance de chuva passa a ser bem menor nos três estados.
São esperadas apenas chuvas localizadas, rápidas e com baixo volume acumulado ao longo de toda a semana, que promete ser importante para os trabalhos de recuperação no Rio Grande do Sul. A tendência é que o ciclone se afaste da costa rapidamente e dê espaço a uma área de alta pressão atmosférica continental que vai garantir a trégua das chuvas.
Ao longo desta semana, a projeção é de variação de nebulosidade em meio aos períodos de céu claro e com surgimento do Sol em toda a região Sul. Apesar da melhora no tempo, a expectativa que fica ainda é de temperatura amena predominante.
Inclusive, volta o potencial para ocorrência de geadas na madrugada da quinta-feira (30), feriado de Corpus Christi. Temperaturas de 2°C ou menos são esperadas especialmente nas áreas mais altas da serra catarinense. Um friozinho que vai persistir também na madrugada de sexta-feira (31) para fechar o mês de maio.