Processo de formação de ciclone extratropical pode trazer tempestades para a Região Sul. Confira a tendência da previsão

Após dias de trégua, a chuva retorna ao Sul do Brasil no próximo final de semana. Com o processo de formação de um ciclone extratropical, há risco de tempestades.

ciclone extratropical
Chuva retorna ao Sul do Brasil no final de semana com processo de formação de ciclone extratropical que pode gerar tempestades.

A semana começou com predomínio de tempo firme no Sul do Brasil, algo que deve permanecer por mais alguns poucos dias. Sim, a trégua das chuvas não será muito duradoura e já tem previsão para mudanças bruscas no tempo.

Se pensarmos em volume de precipitação e se existe o risco de um evento extremo como aconteceu no Rio Grande do Sul recentemente e resultou as diversas enchentes, a notícia é boa: não são esperados altos volumes daquela forma que foi registrada.

Processo de formação de ciclone extratropical pode trazer tempestades para o Sul do Brasil no final de semana acabando com a trégua das precipitações.

Apesar do volume esperado não ser tão elevado como aconteceu em maio, o final de semana pode ser marcado por tempestades no Rio Grande do Sul e partes de Santa Catarina. As pancadas de chuva virão acompanhadas por ventos, trovoadas, descargas elétricas e até eventual queda de granizo.

Aumento de nebulosidade

Antes da chuva, vamos falar de cobertura de nebulosidade, algo que será destaque no Sul do Brasil nesses próximos dias, ou seja, mesmo que ainda não chova, a variação de nuvens já será impactante.

Devido a uma combinação de sistemas meteorológicos em diferentes níveis da atmosfera, e principalmente devido a um forte gradiente de pressão atmosférica, a tendência é que haja maior presença de nebulosidade sobre o Sul do país nos próximos dias.

O fenômeno será observado especialmente sobre o Rio Grande do Sul, mas vai avançar gradualmente até a sexta-feira (14) também sobre Santa Catarina até chegar ao Paraná.

Retorno das chuvas e risco de tempestades

Apesar do interessante avanço da nebulosidade sobre a região nos próximos dias, a chuva só retorna entre a sexta à noite e a madrugada de sábado (15). A partir disso é que começam os riscos de tempestades do final de semana.

Inicialmente, as primeiras pancadas de chuva entre o sul e a campanha gaúcha terão influência de um corredor de umidade associado a uma frente fria afastada no Atlântico e também de uma área de baixa pressão atmosférica no interior do continente, sistema que vai mudar o tempo já na fronteira oeste do estado.

Apesar disso, a mudança brusca no tempo vai ocorrer associada também ao processo de formação de um ciclone extratropical no decorrer do final de semana, e será esse processo em si que pode gerar tempestades no Sul do Brasil.

As chuvas entre o sábado e o domingo (16) podem ser fortes e se espalhar pelo Rio Grande do Sul, o que inclui a Região Metropolitana de Porto Alegre que pode registrar volumes significativos e temporais com ventos, raios e granizo.

chuvas
Chuva tende a se espalhar um pouco mais no começo da próxima semana, e os maiores volumes tendem a ser registrados no oeste de Santa Catarina.

Entre a madrugada de domingo e a segunda-feira (17) esse ciclone ganha forma na costa da região Sul, e mesmo com tendência de se afastar para o oceano ao longo da segunda-feira, vai manter a chuva sobre o continente, inclusive de maneira mais abrangente.

A semana tende a começar com chuvas mais espalhadas e mais intensas sobre o estado de Santa Catarina, não se descartando o risco para algum transtorno. Aliás, o volume acumulado de chuva pode variar entre 100 e 150 milímetros em toda a metade oeste catarinense, área que tende ser a mais atingida até a terça-feira (18) à noite.

O Paraná por enquanto continua apresentando uma característica climática diferente de Santa Catarina e do Rio Grande do Sul. Diferente dos dois estados, ainda não há uma projeção de chuvas espalhadas e intensas sobre o estado.

A chuva pode até chegar na terça, mas ainda de maneira pontual no sudoeste do estado e sem acumulados expressivos na maior parte das cidades. De maneira isolada, a cidade de Foz do Iguaçu por exemplo, pode registrar um pouco mais de chuva.