Sem trégua! Chuvas continuam no Centro-Oeste, Sudeste e Norte. Até quando?
O ano de 2023 começou com a atuação de ZCAS, trazendo volumes já acima da média em várias localidades das regiões Norte, Centro-Oeste e Sudeste. Estamos no período úmido, mas até quando vão as chuvas intensas e os temporais. Haverá alguma trégua nos próximos meses?
Uma Zona de Convergência do Atlântico Sul (ZCAS) marcou o início de 2023 com chuvas volumosas durante a primeira semana de janeiro. Os acumulados já estão próximos do esperado do mês em vários pontos das regiões Norte, Centro-Oeste e Sudeste.
Estamos no período úmido e o que se espera de fato são chuvas frequentes. No entanto, o tempo fechado e chuvoso por vários dias é prejudicial à agricultura, contribuindo para o desenvolvimento de doenças pelo excesso de umidade. Além disso, o revés mais óbvio são as inundações, alagamentos e maior potencial para deslizamentos de terra.
Nos próximos dias, as chuvas continuam, mas a sua abrangência começa a diminuir, ocorrendo predominantemente na forma de pancadas isoladas, que podem acontecer como temporais, mantendo o potencial para transtornos.
Confira a seguir a previsão e a tendência das condições do tempo e uma primeira análise sobre a expectativa do padrão de precipitação para os próximos meses.
Destaque da previsão do tempo
Esta segunda-feira (09) é o último dia das ZCAS que já se encontra enfraquecida, mas contribui para chuvas de até forte intensidade pela manhã entre o norte de São Paulo, no sul de Minas Gerais e na região do Triângulo Mineiro.
A partir da tarde, há potencial de pancadas de até forte intensidade e de temporais no centro-leste de São Paulo, em todo o estado de Minas Gerais, no Rio de Janeiro, no Espírito Santo, em Goiás, no norte e leste do Mato Grosso e no centro-sul do Mato Grosso do Sul. O potencial de chuvas mais abrangentes está previsto para o território paulista e região do Triângulo Mineiro.
Na terça-feira (10), sem ZCAS, mas instabilidades ainda se formam nas regiões Centro-Oeste e Sudeste. Pela manhã, chuvas isoladas podem ocorrer com fraca a moderada intensidade no centro-norte e leste de São Paulo, no Rio de Janeiro, no sul de Minas Gerais, na região do Triângulo Mineiro e no sul de Goiás. Nas demais áreas, o tempo fica nublado, com exceção do sudoeste do Mato Grosso, do centro-norte e oeste do Mato Grosso do Sul.
A partir da tarde, as instabilidades se espalham por todo o Centro-Oeste e Sudeste, provocando pancadas isoladas com risco de temporais pontuais. As chuvas mais abrangentes ocorrem no sul de Minas Gerais, no Triângulo Mineiro e no estado de São Paulo.
Na quarta-feira (11), mais um dia com muita nebulosidade no Brasil e com chuvas ocorrendo de forma muito pontual pela manhã entre os estados de São Paulo, de Minas Gerais e de Goiás. Chuva de até forte intensidade pode ocorrer entre o Mato Grosso do Sul e o Mato Grosso.
A partir da tarde, mesmo com as chuvas ocorrendo de forma mais isolada, há potencial de temporais em praticamente todo o Centro-Oeste e o Sudeste. A metade norte de Goiás e de Minas Gerais e o leste do Mato Grosso, há baixa probabilidade de chuva, que se ocorrer, será de forma muito pontual. As chuvas mais abrangentes e com maior potencial de volume ocorrem no Mato Grosso do Sul, no norte e no oeste do Mato Grosso.
A tendência até o fim da semana é de manutenção do padrão das chuvas mais isoladas pelo Centro-Oeste e Sudeste, sendo mais expressivas no Mato Grosso e no Mato Grosso do Sul.
Quando que o padrão da precipitação deve mudar?
Estamos no período úmido, então é esperado que chova mesmo sobre o Brasil Central. No entanto, períodos mais irregulares podem ocorrer nos meses mais chuvosos, permitindo o surgimento do sol, proporcionando condições mais agradáveis e até mesmo saudáveis.
Nas próximas semanas, o potencial de chuva passa a migrar mais para o centro-sul e oeste do Brasil, proporcionando uma maior irregularidade no centro-leste do país. Esse padrão pode se manter ao longo do mês de fevereiro, que por sua vez pode não registrar nenhum evento de ZCAS!
Já em março, o padrão de precipitação volta a mudar, com maior potencial de chuvas no centro-norte, mas ainda atinge toda a Região Sudeste e o Centro-Oeste. Um padrão semelhante ao observado nos meses de novembro e dezembro de 2022, mas com a banda de umidade um pouco mais para sul.