Semana de muita chuva e potencial alto para transtornos no Sudeste
Ao longo desta semana as chuvas continuam a ocorrer de forma volumosa sobre o Sudeste e Centro-Oeste e se espalham pelo Centro-Norte. Há potencial para alagamentos e inundações, principalmente em Minas Gerais e no Espírito Santo.
No último fim de semana chuvas volumosas provocaram transtornos nos estado de Minas Gerais e do Espírito Santo. Os volumes de 40 a 50 mm ocorreram no período máximo de 2 horas, o que resultou em alagamentos, inundações e enxurradas. Nesta semana, a previsão é de muita chuva nesses estados e em boa parte do Centro-Norte do país.
Alertas e destaque até a quarta-feira
Nesta segunda-feira (20), uma área de baixa pressão no oceano na altura do Espírito Santo e do Sul da Bahia mantém o tempo instável e nublado e boa parte do Sudeste, levando novamente riscos para transtornos em Minas Gerais e no território capixaba. Na parte da tarde, há alerta para chuvas intensas nesses estados, no sul da Bahia, em Goiás, sudeste do Mato Grosso e no norte e leste do Mato Grosso do Sul. No Rio Grande do Sul, a presença de um cavado contribui para pancadas isoladas, que podem ocorrer com forte intensidade na metade oeste do estado.
Na terça-feira (21), a configuração dos sistemas é bastante semelhante. A baixa pressão continua a atuar na costa do Sudeste e uma região de cavado se mantém entre o Rio Grande do Sul, Uruguai e a Argentina. Assim, pela manhã há bastante nebulosidade sobre o centro-leste e sul do Brasil, com chuvas de moderada intensidade já pela manhã em Goiás, metade norte de Minas Gerais, sul da Bahia e no Espírito Santo. No Rio Grande do Sul, as chuvas ocorrem de forma mais isolada e com fraca intensidade na metade oeste. Somente no oeste do estado, nas áreas de fronteira, que há potencial para chuvas de moderada a forte intensidade.
A partir da tarde, há alerta para chuvas intensas novamente em Mina Gerais, no Espírito Santo, em Goiás, sudeste do Mato Grosso e norte do Mato Grosso do Sul. Norte do Rio de Janeiro e região do Vale do Paraíba entram nas regiões de alerta, apesar do potencial ser menor. Destaque também para a Região Sul, onde há previsão de pancadas isoladas, que podem ocorrer na foram de temporais, em todo o Rio Grande do Sul, atingindo a região metropolitana de Porto Alegre a partir do fim da tarde, no meio-oeste de Santa Catarina, no sudoeste e oeste do Paraná.
Na quarta-feira (22), a configuração dos sistemas muda um pouco. Uma extensa região de cavado se forma sobre o Brasil Central e outra menor, que estava mais próxima da Argentina, se encontra sobre a Região Sul. Como resultado, já pela manhã há bastante nebulosidade sobre boa parte do país, com previsão de chuvas de moderada intensidade ocorrendo no centro-norte gaúcho, no meio-oeste catarinense, na porção central, oeste e sudoeste do Paraná. Já no Espírito Santo, leste, sul e oeste da Bahia, norte dos estados de Goiás e de Minas Gerais, no Tocantins e no sul dos estados do Piauí e do Maranhão, as chuvas ocorrem de forma mais intensa com potencial para transtornos.
A partir da tarde e durante a noite, as chuvas se espalham por boa parte do Centro-Oeste e do Sudeste, proporcionando elevado risco para transtornos, principalmente, nos estados de Minas Gerais e do Espírito Santo e no norte do Rio de Janeiro, onde se espera os maiores acumulados. Chuvas intensas também são previstas para o litoral norte do Rio Grande do Sul, leste de Santa Catarina e todo o leste da Bahia.
Tendência para o restante da semana
Na madrugada de quinta-feira (23), um ciclone extratropical começa a se desenvolver próximo a costa do Sudeste, atingindo a sua maturidade no fim do dia. Assim, se espera chuvas volumosas no Brasil Central, com maiores volumes ocorrendo em Minas Gerais, no Espírito Santo, no norte do Rio de Janeiro e no sul da Bahia, o que potencializa ainda mais o risco para ocorrência de inundações enxurradas e deslizamentos de terra. No litoral norte gaúcho e no leste catarinense o mesmo sistema contribui para um fluxo mais intenso de umidade nessas áreas, o que favorece a ocorrência de chuvas volumosas.
Essa condição de chuvas mais concentradas no Centro-Norte do país se estende até o fim do mês. Mesmo com o afastamento do ciclone, a formação de uma zona de convergência contribui para a manutenção da umidade. Mudanças de padrão estão previstas para o início de fevereiro, onde passa a ter uma maior distribuição das chuvas pelo país.