Tempo extremamente seco continua no Nordeste: Há previsão de quebra de padrão?
Com uma nova onda de calor no Brasil, o tempo extremamente seco no Nordeste deve continuar por pelo menos mais uma semana. A umidade relativa pode chegar a valores inferiores a 20%, similares aos do deserto do Saara.
O clima tem estado muito seco em todo o interior do Nordeste, nas regiões distantes do litoral. O Instituto Nacional de Meteorologia (INMET) tem mantido alertas recorrentes para esta região - com umidade relativa do ar abaixo de 30%, o que aumenta o risco de incêndios florestais e complicações de saúde para a população.
Agora, a questão que fica é: Será que há previsão de quebra deste padrão? ou será que o tempo continuará seco e quente ao longo dos próximos dias? Já adianto que a resposta não é muito animadora.
Tempo seco e quente pode continuar por pelo menos mais uma semana no Nordeste
Infelizmente, as últimas rodadas de previsão indicam a formação de uma nova onda de calor no centro-sul do Brasil. Um padrão de crista em médios níveis da atmosfera está se configurando e vai se intensificar, resultando na formação de um bloqueio atmosférico na quinta-feira (14).
Isso significa que as chuvas não conseguirão avançar pelo país, e isso inclui o Nordeste. O tempo vai permanecer seco em toda a região durante o período de persistência desta onda de calor, que ocorre entre os dias 14 e 20 de dezembro. As temperaturas podem ficar até 10°C acima da média na porção central do Brasil.
Dessa forma, o INMET já emitiu um alerta de perigo relacionado à onda de calor, que inclui boa parte do Nordeste e do restante do país. A situação traz riscos à saúde, com temperatura 5ºC acima da média ou mais por um período prolongado de até 5 dias.
Os únicos municípios que se safam desta situação são aqueles mais próximos do litoral, onde a circulação oceânica ainda propicia o transporte de umidade e a formação de nuvens e chuvas fracas ocasionais.
Nos demais, o tempo aberto e ensolarado predomina, com umidades relativas que podem ficar abaixo dos 20% em algumas regiões - Atingindo um patamar similar ao do deserto do Saara, onde a umidade relativa costuma variar entre 14% e 20%.
Além do agravamento de incêndios, a baixa umidade relativa prejudica severamente a saúde. Alguns dos seus efeitos imediatos são o ressecamento da pele, desconforto agudo nos olhos, boca e nariz, ocorrência de dores de cabeça e agravamento de doenças respiratórias.
Tudo indica que a onda de calor deve cessar por volta da segunda-feira (18), quando pancadas de chuva podem inclusive voltar a se formar no Nordeste, quebrando finalmente o padrão seco e quente na região. Até lá, no entanto, não deixe de se cuidar e tomar as devidas precauções.