Imortalidade seria possível? O que as novas discussões científicas trazem?
Seria mesmo possível ser imortal? É o que novas discussões científicas mostram sobre suspender a vida humana com técnicas de frio extremo. Você é congelado para reviver muito tempo depois. Teria coragem?
Filmes e séries já retratam o assunto faz tempo, mas e na ciência verdadeira, será que é realmente possível se tornar um ser humano imortal? Veja como novas discussões científicas tratam o assunto com técnicas de suspender a vida usando o frio extremo. Você teria coragem de testar?
Que muita gente tem vontade de viver para sempre é verdade, mas as hipóteses de fazer isso acontecer são inúmeras desde que o assunto começou a ser tratado como uma possibilidade, em que a pessoa é congelada e revive muitos anos depois, como já vimos acontecendo em ficções científicas.
No próximo fim de semana, será reunida uma cúpula de especialistas em Madrid na Espanha a fim de debater como e se é possível de fato suspender a vida de um ser humano através de uma técnica de frio extremo chamada criopreservação, que inclusive já é considerada uma alternativa legal à cremação ou enterro.
Revivendo muitos anos depois
A ideia de reviver muitos anos depois pode parecer intrigante e ao mesmo tempo impossível, porém, uma grande cúpula internacional denominada Transvision 2022 que terá como diretor o engenheiro do MIT e especialista em longevidade indefinida José Luis Cordeiro, estará reunida em Madrid na Espanha no Instituto Europeu de Saúde e Bem-Estar Social nos próximos dias para falar sobre Biostase Humana.
A Biostase Humana é uma área da criobiologia que aproveita uma série de técnicas de frio extremo para que em um futuro não tão distante, a medicina mais complexa consiga lidar com doenças terminais incuráveis, viagens espaciais interestelares e até melhorar a fertilidade humana.
Já neste evento, uma das quatro ambulâncias equipadas para realizar a primeira etapa do protocolo de criopreservação humana será usada e demonstrada. Vale ressaltar que após a morte legal, as temperaturas do corpo e do cérebro do paciente são reduzidas e intubadas.
Então é fornecido oxigênio enquanto um dispositivo “Lucas CPR” é utilizado para fornecer compressão torácica automática para estabelecer a circulação mínima necessária de sangue por todo o corpo. Ao mesmo tempo, é habilitado uma primeira infusão de agentes conservantes de tecidos e células contra o frio extremo.
Futuro
O inventor do mecanismo de vitrificação que é usado hoje para a fertilização humana Dr. Gregory M. Fahy, diz que como o uso de óvulos ou embriões preservados em temperaturas muito baixas, a criobiologia nos ensina que as células viáveis de um mamífero podem ser armazenadas e conservadas durante um longo período de tempo em temperaturas criogênicas para depois serem revividas com sucesso em um futuro distante.
A criopreservação de células acontece antes da morte biológica, ou seja, é feita com células vivas e ativas. O que acontece é que o frio extremo desacelera ao máximo o metabolismo sem causar danos incompatíveis à vida. Mas afinal, até onde conseguimos ir com o que sabemos sobre o assunto? Você testaria tal hipótese?
Com uma realidade otimista, Dr. Fahy tem algumas respostas e adverte que os humanos estão criando tecnologias cada vez mais avançadas e também tendo uma compreensão mais profunda do mundo desde o nosso início como espécie, o que ainda deve continuar e melhorar futuramente, abrindo novas portas do conhecimento.
Aliás, a cúpula de cientistas irá discutir em Madrid não só as diferentes técnicas de biostase e suas implicações socioeconômicas, como também o futuro não tão distante da humanidade.